Escrito por: Redação CUT

Justiça ordena que Moro e Dallagnol se manifestem sobre gastos em suas campanhas

A dupla da que chefiou a Operação Lava-Jato de Curitiba é suspeita de abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral

Reprodução/Instagram

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu um prazo de cinco dias para que o ex-procurador e deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentem suas defesas sobre as denúncias de abuso de poder econômico em suas campanhas eleitorais.

A dupla da que chefiou a Operação Lava-Jato de Curitiba responde a processos diferentes, mas tanto Deltan quanto Moro foram acionados na Justiça pela Federação Brasil da Esperança, que reúne os diretórios estaduais de PT, PV e PC do B.

No caso do ex-procurador, a articulação questiona pagamentos feitos ao escritório do advogado Matheus Almeida Rios Carmo, ex-assessor de Deltan, sem que fosse apresentada a origem dos recursos. Em sua defesa, o ex-coordenador da Operação Lava Jato já afirmou que Carmo foi contratado pelo Podemos para prestar serviços de assessoria jurídica.

Já Moro se tornou alvo da federação por gastos realizados durante a sua pré-campanha de 2022. De acordo com a ação, a prestação de contas do ex-juiz enviada à Justiça Eleitoral não considerou gastos realizados durante o período em que ele era filiado ao Podemos, antes de migrar para o União Brasil em 1º de abril do ano passado.

Em dezembro de 2022, o PL de Jair Bolsonaro entrou com uma ação pedindo a cassação do mandato de Moro pelo mesmo motivo. Após o ex-juiz se manifestar, o TRE-PR irá analisar se une ou não as duas ações. De acordo com o relator do caso, desembargador Mário Helton Jorge, há "total coincidência da parte investigada e de parcela dos pedidos".

Apesar de inicialmente receberem as ações contra Moro e Deltan, os relatores responsáveis pelos casos desconsideraram um pedido da federação de partidos de esquerda para que fosse feita uma intervenção judicial em caráter de urgência contra os dois.

As informações são da colunista Mônica Bergamo.