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Juventude da CUT participa do 2º Encontro da Juventude Trabalhadora das Américas

Lideranças sindicais jovens de 18 países debateram os desafios do mundo do trabalho para a juventude das mais diversas parte do continente americano. Papel dos sindicatos também foi destaque nas atividades

Publicado: 03 Dezembro, 2024 - 13h07

Escrito por: Secretaria de Juventude da CUT

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Lideranças sindicais da Juventude da CUT participaram do 2º Encontro Continental da Juventude Trabalhadora das Américas, promovido pela CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas), em San Pedro Sula, Honduras, nos dias 25, 26 e 27 de novembro. Além da delegação da Central, o evento contou com a participação de jovens lideranças sindicais de 18 países. 

A Juventude da CUT foi representada pela sua Secretária de Juventude e Presidente do Comitê de Juventude da CSA, Cristiana Paiva, e representantes de entidades filiadas como a CONTRAF-CUT (Confederação  Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação), e CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística). 

O encontro teve como objetivo a troca de experiências de organização da juventude e desafios do mundo do trabalho nas várias partes do continente americano. A programação refletiu as diversidades das juventudes das Américas. Foram realizados debates sobre a função dos sindicatos como atores da democracia para defesa de direitos fundamentais para além dos relacionados ao trabalho; a defesa da justiça social, trabalho decente e liberdade sindical; e as formas de organização das juventudes trabalhadoras e sua centralidade para o fortalecimento do sindicalismo. Os representantes também participaram de uma ação política pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher e realizaram oficina de artivismo, com a produção de fanzines, faixas e outros materiais. 

“O 2º Encontro Continental foi um grande sucesso. Contamos com muitos representantes de todos os cantos do continente, e conseguimos chegar a consensos importantes para o avanço da organização dos jovens trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Cristiana Paiva. 

Ela explicou ainda que apesar de serem representantes de vários países, com conjunturas econômicas e políticas muito diferentes, as realidades são muito parecidas. “A precarização, a falta de acesso a uma formação empoderadora sobre nosso próprio futuro, o impacto grave e claro da crise climática e o baixo respeito às nossas diversidades e formas de expressão cultural”, elencou a dirigente. 

No que temos de diferença, crescemos. Aprendemos uns com os outros para melhorar nossas organizações e fortalecer nossa luta! E produzimos e lançamos um documento consolidando nossas pautas, nossas experiências, o que temos que replicar em cada país, cada sindicato, cada espaço de trabalho para avançar pelos direitos das Juventudes Trabalhadoras das Américas
- Cristiana Paiva
Cristiana Paiva 

 

O documento produzido ao final do encontro, com o título ‘Conquistar Hoje o Nosso Direito ao Futuro’, foi produzido a partir de debates realizados ao longo dos três dias em grupos de trabalho divididos conforme os conhecimentos e interesses de cada participante. Com isso, o texto-síntese aborda a função das juventudes trabalhadoras sindicais na defesa da Democracia e Direitos Humanos, a necessidade da luta pela Justiça Social, Trabalho Decente e Liberdade Sindical a partir das realidades da juventude trabalhadora, e a centralidade dos jovens na transformação e fortalecimento do sindicalismo. 

O sentimento geral e a missão do documento e da atuação sindical jovem nas Américas fica claro já no início do texto. “Consideramos que a integração econômica, social, cultural e solidária dos países e povos é o marco fundamental para fazer frente às múltiplas crises civilizatórias do mundo que impactam a região. A juventude trabalhadora das Américas reafirma seu protagonismo nesses processos, convocando todas as juventudes a aprofundas as alianças e articulações a partir de uma agenda transformadora em comum, um processo de diálogo intergeracional e a construção coletiva sobre os desafios estruturais do presente e do futuro da nossa região”, diz o trecho do documento síntese. 

A secretária de Juventude da CUT ainda reforçou o papel sociopolítico do encontro na luta contra o modelo neoliberal e as narrativas conservadoras. “Reivindicamos a articulação das resistências e a unificação da nossa proposta regional por outro modelo de desenvolvimento cujos pilares se encontram expressos na Plataforma de Desenvolvimento das Américas da CSA.” 

A versão final do texto-síntese será disponibilizada em breve no site da CSA.