Escrito por: Secretaria de Juventude da CUT

Juventude da CUT participa do 2º Encontro da Juventude Trabalhadora das Américas

Lideranças sindicais jovens de 18 países debateram os desafios do mundo do trabalho para a juventude das mais diversas parte do continente americano. Papel dos sindicatos também foi destaque nas atividades

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Lideranças sindicais da Juventude da CUT participaram do 2º Encontro Continental da Juventude Trabalhadora das Américas, promovido pela CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas), em San Pedro Sula, Honduras, nos dias 25, 26 e 27 de novembro. Além da delegação da Central, o evento contou com a participação de jovens lideranças sindicais de 18 países. 

A Juventude da CUT foi representada pela sua Secretária de Juventude e Presidente do Comitê de Juventude da CSA, Cristiana Paiva, e representantes de entidades filiadas como a CONTRAF-CUT (Confederação  Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação), e CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística). 

O encontro teve como objetivo a troca de experiências de organização da juventude e desafios do mundo do trabalho nas várias partes do continente americano. A programação refletiu as diversidades das juventudes das Américas. Foram realizados debates sobre a função dos sindicatos como atores da democracia para defesa de direitos fundamentais para além dos relacionados ao trabalho; a defesa da justiça social, trabalho decente e liberdade sindical; e as formas de organização das juventudes trabalhadoras e sua centralidade para o fortalecimento do sindicalismo. Os representantes também participaram de uma ação política pelo Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher e realizaram oficina de artivismo, com a produção de fanzines, faixas e outros materiais. 

“O 2º Encontro Continental foi um grande sucesso. Contamos com muitos representantes de todos os cantos do continente, e conseguimos chegar a consensos importantes para o avanço da organização dos jovens trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Cristiana Paiva. 

Ela explicou ainda que apesar de serem representantes de vários países, com conjunturas econômicas e políticas muito diferentes, as realidades são muito parecidas. “A precarização, a falta de acesso a uma formação empoderadora sobre nosso próprio futuro, o impacto grave e claro da crise climática e o baixo respeito às nossas diversidades e formas de expressão cultural”, elencou a dirigente. 

No que temos de diferença, crescemos. Aprendemos uns com os outros para melhorar nossas organizações e fortalecer nossa luta! E produzimos e lançamos um documento consolidando nossas pautas, nossas experiências, o que temos que replicar em cada país, cada sindicato, cada espaço de trabalho para avançar pelos direitos das Juventudes Trabalhadoras das Américas- Cristiana PaivaCristiana Paiva 

 

O documento produzido ao final do encontro, com o título ‘Conquistar Hoje o Nosso Direito ao Futuro’, foi produzido a partir de debates realizados ao longo dos três dias em grupos de trabalho divididos conforme os conhecimentos e interesses de cada participante. Com isso, o texto-síntese aborda a função das juventudes trabalhadoras sindicais na defesa da Democracia e Direitos Humanos, a necessidade da luta pela Justiça Social, Trabalho Decente e Liberdade Sindical a partir das realidades da juventude trabalhadora, e a centralidade dos jovens na transformação e fortalecimento do sindicalismo. 

O sentimento geral e a missão do documento e da atuação sindical jovem nas Américas fica claro já no início do texto. “Consideramos que a integração econômica, social, cultural e solidária dos países e povos é o marco fundamental para fazer frente às múltiplas crises civilizatórias do mundo que impactam a região. A juventude trabalhadora das Américas reafirma seu protagonismo nesses processos, convocando todas as juventudes a aprofundas as alianças e articulações a partir de uma agenda transformadora em comum, um processo de diálogo intergeracional e a construção coletiva sobre os desafios estruturais do presente e do futuro da nossa região”, diz o trecho do documento síntese. 

A secretária de Juventude da CUT ainda reforçou o papel sociopolítico do encontro na luta contra o modelo neoliberal e as narrativas conservadoras. “Reivindicamos a articulação das resistências e a unificação da nossa proposta regional por outro modelo de desenvolvimento cujos pilares se encontram expressos na Plataforma de Desenvolvimento das Américas da CSA.” 

A versão final do texto-síntese será disponibilizada em breve no site da CSA.