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LGBTs rechaçam ideia da homossexualidade como doença

Manifestação mostrou que amor não é doença e o que deve ser tratado é o preconceito

Publicado: 26 Setembro, 2017 - 11h01

Escrito por: CUT-DF

CUT-DF
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A 12ª Parada do Orgulho LGBTs de Taguatinga, realizada nesse domingo (24), reuniu cerca de 10 mil manifestantes que ocuparam as ruas da cidade em defesa da diversidade sexual e contra propostas de tratamento da homossexualidade como doença.

Nesta edição, a Parada teve como tema “Juntos Formaremos um Arco-íris. Você Não Está Só”. A concentração do ato começou às 13h, na Praça do Relógio. 11 DJs animaram o ato, marcado por cartazes e falas contra a decisão recente do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que abre caminho para que psicólogos proponham tratamentos de “reversão” da homossexualidade, a chamada “cura gay”. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ex-alunos de Waldemar, que dava aula de Direito na UnB, contaram que o juiz, além de apoiar em diversas ocasiões a ditadura militar, maltratava mulheres e LGBTs em sala de aula e, mais do que isso, barrava trabalhos e discussões que tinham como tema a questão de gênero, homofobia, direitos das mulheres ou machismo.

Na 12ª Parada do Orgulho LGBTS de Taguatinga, uma drag queen chamou atenção por carregar uma seringa com as cores do arco-íris. A ideia foi mostrar que amor não é doença e o que deve ser tratado é o preconceito.

Segundo o coordenador-geral da Parada do Orgulho LGBTs de Taguatinga, Michel Platini, a decisão do juiz Waldemar uniu ainda mais lésbicas, gays, bissexuais e travestis. “A parada de Taguatinga, mais uma vez, ocupou as ruas para dizer não à LGBTfobia. A sociedade tem evoluído, avançado e buscado a construção de políticas públicas e a efetivação dos direitos humanos da comunidade LGBT. A decisão do juiz (sobre a cura gay) nos uniu ainda mais. Não é mais admitido que convivamos com a intolerância. Não tem como falar de democracia ou dignidade da pessoa humana se a gente não assegurar na totalidade os direitos da comunidade de LGBT.”