Escrito por: Redação CUT
As ameaças foram denunciadas pela vereadora Marli do Esporte (PC do B), que também foi ameaçada. O autor das ameaças é um vereador, segundo a parlamentar
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (Sertoledo), no Paraná, divulgou nota nesta quarta-feira (29) denunciando as ameaças de morte que a Secretária-Geral da entidade, Marlene da Silva, vem recebendo há cerca de 90 dias devido, única e exclusivamente, à sua atuação sindical.
As ameaças foram denunciadas, na segunda-feira (27), no plenário da Câmara Municipal de Toledo, pela vereadora Marli do Esporte (PC do B), que também foi ameaçada. O autor das ameaças é um vereador, segundo a parlamentar.
O Ministério Público foi acionado e a investigação instaurada pelo Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (GAECO) já concluiu o inquérito. Segundo o GAECO, não houve elementos de prática de improbidade administrativa ou de crime à Administração Pública.
“Uma conclusão um tanto óbvia, mas que, uma eventual ocorrência ilícita seria correspondente ao de crime de ameaça”, critica o Sertoledo na nota.
O Ministério Público do Paraná ressaltou, no entanto, que, apesar da conclusão do GAECO, não está afastada a possibilidade de que os fatos sejam encaminhados em outras searas de controle, no sentido de cogitação de crime de ameaça contra a vida de Marlene da Silva e Marli do Esporte.
A denúncia deverá ser encaminhada à Polícia Judiciária com o registro de um Boletim de Ocorrência (BO), pois, o conteúdo da mesma não afasta a incidência de eventual responsabilidade criminal e cível.
A sindicalista e a vereadora registrarão BO contra o vereador envolvido nas ameaças de morte para que a polícia dê prosseguimento à apuração da denúncia.
Na nota de repúdio, a diretoria do Sertoledo e servidores afirmam que “repudiam qualquer tipo de intimidação e reiteram o total apoio à líder sindical” e dizem que “vão cobrar das autoridades a punição dos envolvidos”.
“O sindicato continuará com o seu único objetivo que é defender os direitos de interesses dos trabalhadores. E não nos intimidaremos com as ameaças daqueles que tenham seus interesses pessoais prejudicados”, conclui.