Escrito por: Redação CUT

Líderes da Câmara, Senado e Congresso pedem impeachment de Bolsonaro

O pedido será apresentado nesta quarta (31), 11h, quando será realizada uma coletiva de imprensa virtual

Agência Brasil

Os líderes da oposição e da minoria no Senado e na Câmara Federal, Randolfe Rodrigues (REDE/AP), Jean Paul Prates (PT/RN), Alessandro Molon (PSB/RJ) e Marcelo Freixo (PSol/RJ), além do líder da minoria no Congresso, Arlindo Chinaglia (PT-SP), entregarão o pedido de impeachment do presidente Jair  Bolsonaro (ex-PSL) por crimes de responsabilidade na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (31), às 11h. Eles darão uma entrevista coletiva virtual após a entrega do documento. 

Os parlamentares decidiram pedir o impeachment de Bolsonaro porque avaliam que há uma tentativa do chefe do Executivo de se apropriar indevidamente das forças militares para interesses pessoais, se referindo as demissões do ex-ministro da Defesa Fernando de Azevedo e Silva e dos comandantes do Exército, general Edson Pujol, da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, que se recusaram, por exemplo, a atuar contra governadores que decretaram lockdown, como queria Bolsonaro. 

No documento do pedido de impeachment, os parlamentares afirmam que o Presidente da República está tentando, de forma autoritária, se apropriar indevidamente e para interesses pessoais das forças militares do Brasil com ameaça evidente à democracia, segundo reportagem do Estadão.

Azevedo e Silva pediu demissão por se recusar a promover alinhamento automático e apoio político das Forças Armadas ao presidente. Seu substituto à frente da Pasta, general Walter Braga Netto, demitiu os comandantes das armas por ver neles a mesma resistência.

Em nota sobre a denúncia contra Bolsonaro, as lideranças apontam para o trecho da Lei de Impeachment que estabelece crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, como “servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua” e “incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina”.