Líderes de torcidas realizam ato neste sábado contra privatização do Pacaembu
Segundo os organizadores da manifestação, empresa quer reduzir 71% do valor pago pelo Pacaembu e ainda ganhar de brinde a praça Charles Muller
Publicado: 28 Janeiro, 2022 - 11h43 | Última modificação: 28 Janeiro, 2022 - 11h48
Escrito por: Redação CUT
Líderes de torcidas organizadas vão realizar uma manifestação contra a privatização do Pacaembu, neste sábado (29), às 15 horas, em frente ao estádio.
O texto de convocação para as torcidas antifascistas e todos que quiserem participar do ato lembra que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que morreu no ano passaado, praticamente deram o complexo esportivo, com valor de apenas 10% do mercado aos empresários, que ainda querem redução do preço.
Segundo o texto, a empresa Allegra, que ganhou a concorrência em plena pandemia do novo coronavírus, quando a sociedade não teve a oportunidade sequer de se manifestar contra a negociata, quer agora reduzir 71% do valor que terão que pagar à Prefeitura. E querem ainda ganhar de brinde a praça Charles Muller, outro bem da cidade.
Além de pedir para reduzir o valor do que terão que pagar, pedem ainda a extensão do prazo de contrato por mais 15 anos, além dos 35 já firmados, completando 50 anos, diz a convocação.
A Allegra pagou R$ 111 milhões por um conjunto esportivo avaliado em cerca de R$ 900 milhões e nem este valor quer pagar agora, diz o texto, que segue afirmando que a empresa alega prejuízos com o negócio por causa da pandemia.
Em janeiro de 2020, ela assumiu o complexo, que inclui o estádio municipal Paulo Machado de Carvalho e um ginásio esportivo. A Praça Charles Miller e o Museu do Futebol ficaram fora da concessão.
A arquibancada conhecida como Tobogã já foi demolida e no local será construído um hotel. O gramado onde jogaram os maiores jogadores brasileiros como Pelé, Rivelino, Gerson, Ademir Da Guia, entre outros, será literalmente asfaltado.
Com informações do PT/SP.