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Lisboa: “A CIA contra a Guatemala” é arma de solidariedade

Secretário de Relações Internacionais da CUT destaca importância do livro

Publicado: 17 Junho, 2015 - 15h57 | Última modificação: 17 Junho, 2015 - 17h11

Escrito por: CUT

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Lisboa: Livro permite que todos saibam a gravidade do que está acontecendo na Guatemala

“Precisamos amplificar a denúncia sobre os crimes antissindicais que vêm se multiplicando na Guatemala, que é hoje o caso mais grave de perseguição à organização dos trabalhadores em todo o mundo. É importante ressaltar que esta não é só uma questão de garantia de associação ou de defesa de direitos sociais e trabalhistas, mas de defender a própria vida”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.

Recém-chegado de Genebra, Suíca, onde participou da IV Conferência Internacional do Trabalho, o dirigente cutista, que também e da executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), lembrou que o país centro-americano voltou a dar a tônica nos debates da Comissão de Aplicação de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Comissão serve para garantir a investigação e a concretização das convenções da OIT.

De acordo com Lisboa, as convenções 87 - que trata da liberdade sindical - e 98 da OIT - sobre o direito de sindicalização e negociação coletiva - viraram letra morta na Guatemala com o grau de repressão existente. Prova disso é que o índice de sindicalização é de cerca de 2%. “O assassinato de lideranças, com a completa ausência do poder público, atua como uma mordaça, como elemento de intimidação em favor das empresas. Nas poucas vezes que o Estado intervém é no sentido de acobertar os crimes”, condenou.

Para Lisboa, “chegou o momento de utilizarmos todos os instrumentos que tivermos para denunciar o que está ocorrendo, a fim de as pessoas tomem consciência da dura realidade guatemalteca”. Neste sentido, explicou, “a publicação de um livro como A CIA contra a Guatemala – Movimentos sociais, mídia e desinformação, de Leonardo Severo, possibilitará que sindicatos e movimentos sociais se apropriem do que está acontecendo e pressionem as multinacionais que lucram com a repressão naquele país, pressionem as organizações internacionais como a OEA, e também o governo brasileiro, para que tenha uma presença mais ativa, fortalecendo a ajuda humanitária”.

A CIA contra a Guatemala (Editora Papiro, 160 páginas, selo Barão de Itararé) será lançado na próxima terça-feira (23), em São Paulo, na livraria Martins Fontes, Avenida Paulista, 509, das 18h30 às 21h30.