Escrito por: Érica Aragão

Live da CUT dia 20 vai ter música, diálogo, cultura e luta contra o racismo

Racismo estrutural, democracia racial e o papel dos sujeitos brancos são os três eixos da atividade online da CUT no Dia da Consciência Negra. Live também vai celebrar 10 anos do Estatuto da Igualdade Racial

Divulgação

Numa sociedade racista não basta não ser racista. É necessário ser antirracista.

A frase da filósofa e militante do movimento negro, Ângela Davis, é uma das divulgadas entre os dirigentes da CUT para convidar os trabalhadores e as trabalhadoras de todo país para assistir a live da CUT na próxima sexta-feira (20). A atividade é para celebrar o Dia da Consciência Negra.

Intitulada como “o racismo estrutural, a democracia racial e o papel dos sujeitos brancos”, a live começará às 16 horas e será transmitida pelas redes sociais da CUT. [saiba mais abaixo]

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Serão duas horas de programação com cultura, música e muita informação de combate ao racismo e dados sobre a realidade da população negra no mundo do trabalho e na vida. A atividade será apresentada pelas secretárias de Combate ao Racismo da CUT, Anatalina Lourenço e Rosana Sousa Fernandes. O âncora será o jornalista e radialista, Andre Accarini.

O ex-presidente Lula também vai mandar seu recado, assim como outras organizações, artistas e representantes de diversas entidades sindicais. Live também vai celebrar 10 anos do Estatuto da Igualdade Racial. 

De acordo com Rosana, essa proposta de Live foi construída coletivamente, tanto entre as secretarias de Combate ao Racimo da CUT nos estados e representantes desta luta nos ramos, quanto entre secretarias dentro da CUT. Segundo ela, este formato de live gravada foi definida devido a pandemia do novo coronavírus.

“Nesta atividade, que vai acontecer online para todo país, a gente vai falar de três principais assuntos. A gente quer desmistificar a democracia racial, mostrar como o racismo estrutural impacta negativamente a vida e o trabalho da população negra e como os sujeitos brancos podem ajudar no combate a este preconceito histórico e estruturante que atrasa ainda mais a vida de todos nós negros e negras”, disse Rosana.

Ela disse que os negros e negras sempre estão nos trabalhos mais precários, com menores salários e ainda com menos proteção social e que isso não pode ser normalizado. Além disso, ressalta ela, este debate não pode ficar só entre a bolha sindical, precisa ser bem mais amplo, porque a luta não é só do movimento e sim de toda sociedade.  

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“A gente precisa de fato fazer com que os trabalhadores e trabalhadoras entendam essas diferenças, de como o racismo se organiza no mercado de trabalho e no nosso cotidiano. Importante também que todos e todas saibam como podem contribuir na luta por uma sociedade menos desigual e antirracista”, frisou Rosana.

A secretaria de Combate ao Racismo junto com a secretaria de Comunicação da CUT produziram uma série de materiais de divulgação da live. Além da própria atividade de duas horas do dia 20, foram produzidos cards com foto dos dirigentes com plaquinhas escritas frases da luta contra o racismo e pílulas com dicas antirracismo.

“Estas pílulas explicam porque não é legal falar negro de traços finos, denominar negro ou negra de moreno ou morena, falar trabalho de preto ou amanhã é dia de branco, entre outros termos bastante utilizados, porém racistas”, explicou Rosana.

 

Serviço:

Live: O racismo estrutural, a democracia racial e o papel dos sujeitos brancos

Quando: Dia 20 de novembro

Horário: A partir das 16 horas

Onde: Facebook e Youtube da CUT Brasil

*As 3 séries de pílulas estão disponíveis e podem ser solicitadas pelo email sncr@cut.org.br

 

*Edição: Marize Muniz