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Livre da prisão, Queiroz vai a ato pró-Bolsonaro no Rio

Na mira da Justiça por causa do criminoso esquema das rachadinhas, Queiroz foi recebido com alegria pelos bolsonaristas que dizem ser contra corrupção

Publicado: 07 Setembro, 2021 - 17h41 | Última modificação: 07 Setembro, 2021 - 17h53

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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O ex-motorista, ex-segurança e ex-assessor do filho zero 1 do presidente Jair  Bolsonaro (ex-PSL), Fabrício Queiroz, investigado por operar um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patiotas0RJ) quando este era deputado estadual pelo Rio, participou dos atos em favor do amigo Jair realizados no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (7).

Na mira da Justiça por causa do criminoso esquema conhecido como ‘rachadinhas’ – o servidor público repassa a maior parte do salário para o parlametnar que o contratou -,  Queiroz foi recebido com alegria pelos bolsonaristas que dizem ser contra corrupção.

Durante o protesto, Queiroz chegou a posar para fotos junto com bolsonaristas, numa espécie de teste de popularidade. As imagens foram compartilhadas por ele nas redes sociais.

Entre os simpatizantes do ex-assessor de Flávio Bolsonaro que fizeram questão de tirar foto com Queiroz estava o deputado federal Otoni de Paula (PSL-RJ). Também presente aos atos bolsonaristas no Rio, Otoni é alvo de mandados de busca expedidos pelo Supremo em investigações sobre atos antidemocráticos.

Caso Queiroz

Fabrício Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio como o principal operador do esquema de rachadinha montado no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Rachadinha é confisco ilegal de salário de servidores públicos que são repassados para o político que os contratou. Alguns dos contratados são funcionários fantasmas e nunca aparecem para bater o ponto.

As investigações apontam que o esquema ocorria também no gabinete de Carlos Bolsonaro, o filho zero 2, na Câmara dos Vereadores.

A primeira a comandar o esquema teria sido uma das ex-mulheres de Bolsonaro, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, que contratou parentes dela para o esquema. Ela é mãe de Jair Rena, o filho zero 4 do presidente.

Fabrício Queiroz teve a prisão preventiva autorizada pela Justiça do Rio em 2020 diante de tentativas do ex-assessor de atrapalhar as investigações. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, ele é acusado de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Ele estava em prisão domiciliar juntamente com a esposa, Márcia Aguiar, também investigada por participação no esquema das rachadinhas. A prisão dele, no entanto, foi relaxada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, em setembro deste ano, sob alegação de que Queiroz passava por um tratamento contra o câncer.

Com informações do Congresso em Foco.