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Lula anuncia investimentos de R$ 2,44 bi em universidades e institutos federais

Verba servirá para recompor o orçamento das instituições, defasado após o governo Bolsonaro, além de retomar obras paradas

Publicado: 20 Abril, 2023 - 10h43 | Última modificação: 20 Abril, 2023 - 11h26

Escrito por: RBA

Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou hoje (19) a ampliação do orçamento das universidades e institutos federais. O valor total da recomposição será de R$ 2,44 bilhões. O anúncio veio durante encontro com reitores de instituições e ministros, entre eles o chefe da pasta da Educação, Camilo Santana. Uma parte das verbas será destinada ao custeio das contas básicas das instituições e outra, para investimentos e obras.

Lula destacou o objetivo de retomar o papel central da educação. “Nós precisamos fazer esse país voltar (…). Começa pela educação, pela saúde, as coisas que nós sabemos que temos que fazer”, disse. “Minha volta à presidência é para provar que vamos recuperar o Brasil para os brasileiros”, completou.

O presidente reforçou a importância do diálogo. “Você imaginar que presidentes nunca gostaram de receber reitores. A única explicação disso é que eles achavam que reitores sempre pediam coisas”. Agora, de acordo com Lula, essa prática está superada. “Nós resolvemos mudar essa história. Muita gente fica incomodada quando eu anuncio qualquer coisa e digo ‘nunca antes na história do Brasil’. Parece brincadeira, mas é verdade.”

Reestruturação das universidades 

O ministro Camilo Santana também falou sobre a relevância do anúncio da recomposição orçamentária das universidades federais de todo o país. Ele destacou que esta é a segunda vez que os reitores das instituições vão ao encontro de Lula no Planalto. “Estamos aqui pela segunda vez em menos de quatro meses. Não apenas para conversar, mas para anunciar coisas importantes. Para mostrar a importância que esse governo dá para a Educação nesse país”, disse o ministro.

“Lula já anunciou, em pouco mais de 100 dias, ações importantes para a educação. Reajuste em bolsas, (nos valores da) merenda. Retomada das obras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – mais de 4 mil obras paradas de escolas e creches.”

“Neste momento, anunciamos R$ 2,44 bilhões a mais em universidades e institutos federais. Será parte para recomposição do orçamento e parte para obras e ações importantes com professores e estudantes. Esse é o momento de demonstrar que esse governo prioriza educação pública de qualidade para o povo brasileiro”, completou.

Reconstrução

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Fonseca, celebrou a medida. De acordo com o reitor, a retomada da política de valorização da educação “viabilizará o funcionamento das universidades”. “Elas são patrimônio do povo brasileiro, instrumento de inclusão e formação. Aqui, preparamos a receita dos caldeirões do futuro. Somos celeiro da ciência”, completou.

Fonseca também demonstrou alegria diante do presidente. Especialmente após um período de descaso com as universidades. “Sou reitor de universidade há seis anos. Não tivemos encontros com presidentes em nenhum momento. Depois de quatro anos ou mais de diminuição crescente do orçamento. Mais do que isso, ataques a universidades. Reitores e reitoras estavam em estado de imensa apreensão.”

"Nós vencemos"

Por sua vez, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, reforçou a visão do reitor. “As universidades viveram um verdadeiro colapso. O presidente anterior dizia que universidades eram balbúrdias. O resultado foi a realização de uma das mobilizações mais massivas do movimento estudantil. Enquanto negavam a ciência, afundavam o MEC em um dos maiores esquemas de corrupção do país, estudantes, professores e cientistas foram para as ruas e foram ao trabalho. Nós vencemos”, disse.

Por fim, Bruna afirmou esperar mais avanços do governo Lula. “Agora, esperamos que essa recomposição seja um passo para a implementação de políticas públicas eficientes. Para garantir que filhos e filhas dos mais pobres entrem e permaneçam nas universidades. Essa é uma das maiores lutas dessa geração, assim como a bandeira da paz.