Lula cresce nas redes sociais e Bolsonaro cai em popularidade digital
Pesquisa que mede engajamento nas redes sociais mostra que desde que Lula voltou a ter seus direitos políticos retomados seu crescimento em popularidade digital só cresce
Publicado: 08 Abril, 2021 - 11h40 | Última modificação: 08 Abril, 2021 - 11h49
Escrito por: Redação CUT
A popularidade de Lula nas redes sociais e as referências ao seu nome só vêm crescendo desde que no último dia oito de março, exatamente há um mês, o ex-presidente teve seus direitos políticos retomados por uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as condenações injustas impostas pela Operação Lava Jato. Desde esta data, Lula ficou à frente de Bolsonaro por nove dias consecutivos em popularidade nas redes.
Segundo o índice de Popularidade Digital (IPD) do ranking da Consultoria Quaest, publicado pelo jornal Folha de São Paulo, na noite de quarta-feira (7), Lula ganhou 117 mil novos seguidores. No mesmo período Jair Bolsonaro (ex-PSL) conseguiu apenas 28 mil. Apesar dos novos seguidores, o atual presidente da República vem caindo em seus índices de popularidade. Desde que a pesquisa teve início em 2019, ele mantinha a liderança , agora ameaçada por Lula.
No Twitter de 1º de fevereiro a 12 de março, a popularidade de Lula cresceu 8%, ao passo que Bolsonaro se manteve estável em seus índices. Os pesquisadores concluem que Lula vem conquistando novos seguidores em ritmo maior que o de Bolsonaro.
A performance nas redes é medida diariamente em uma escala de 0 a 100, em que o maior valor representa o máximo de popularidade. O relatório da Quaest, concluído na última segunda-feira (5), mostra que Lula e Bolsonaro estavam em posição de empate técnico: Bolsonaro com 63,3 e Lula com 61,1. O atual presidente chegou a ter índices em janeiro deste ano índice de 83,2 - o que demonstra uma queda acentuada.
Outras figuras em destaque na pesquisa
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil ( PSD) ganhou destaque nas redes após os embates com o ministro do STF, Kassio Nunes Marques, que liberou a presença em cultos religiosos em plena pandemia. Ele ficou com 45,9 pontos à frente de Ciro Gomes (PDT), com 36,3, Luciano Huck (sem partido), com 29,7, Fernando Haddad (PT), com 26,7, Sérgio Moro(sem partido), com 23,1, e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), com 19,7.
A pesquisa monitorou 13 personalidades: Jair Bolsonaro, Lula, Alexandre Kalil, Ciro Gomes, Luciano Huck, Fernando Haddad, Flávio Dino, Sérgio Moro, João Doria, a empresária Luiza Trajano e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
A pesquisa
A pesquisa do IPD avalia o desempenho de personalidades da política nacional nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google. São monitoradas seis dimensões nas redes: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamento das postagens), valência (reações positivas e negativas às postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, YouTube e Wikipedia).