Lula deve falar em ato marcado para as 15h, em São Bernardo
Ato foi marcado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúne CUT, MST, MTST e mais de 100 entidades e partidos políticos. A orientação é todos em São Bernardo para vigília permanente
Publicado: 06 Abril, 2018 - 12h48 | Última modificação: 11 Abril, 2018 - 00h19
Escrito por: Érica Aragão e Marize Muniz
Como parte da programação da Vigília da Democracia, sem data para acabar, que está acontecendo em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, está marcado um grande ato político nesta sexta-feira (6), a partir das 15h. Lula pode fazer um pronunciamento durante o ato.
Militantes vão ficar em vigília permanente enquanto for necessário, em frente ao sindicato, resistindo contra a prisão de Lula, determinada nesta quinta-feira (5) pelo juiz Sérgio Moro, decidiram representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúne entidades como CUT, MST e MTST, em reunião realizada na manhã desta sexta, na sede do sindicato.
O limite dessa resistência, disseram representantes dos movimentos sindical e popular que estão no local, será dado pelo próprio presidente Lula, que pode se pronunciar a qualquer momento.
Todas as entidades presentes na reunião, da qual participou também a presidenta do PT, Gleisi Hoffman, concordaram que “é necessário resistir à prisão injusta e arbitrária de Lula, fruto de um julgamento marcado pela farsa e pela podridão das instituições brasileiras, inclusive o Judiciário, que não vamos aceitar”, disse o diretor executivo da CUT, Júlio Turra.
Todos em São Bernardo
O presidente da CUT, Vagner Freitas, convoca todos os militantes, trabalhadores e trabalhadoras que moram em São Paulo ou em cidades vizinhas a irem agora para o Sindicato dos Metalúrgicos.
“Vamos ficar aqui ao lado de Lula, seja qual for a decisão final dele. A prisão é ilegal, ela tem motivação política, não há nenhuma prova contra Lula. Foi negado a ele o direito de se defender até as últimas instâncias do judiciáro”, afirmou Vagner.
"O que estamos fazendo aqui não é insubordinação, pelo contrário, quem fez a insubordinação foi a maioria do Supremo, que jogou a Constituição fora. Precisamos da militância aqui em São Bernardo. Precisamos cercar o prédio e mostrar nosso apoio ao presidente neste momento tão delicado da história do país e da vida de Lula", conclamou o presidente da CUT.
“Lula não é um réu comum, julgado de forma comum. Lula é vítima de uma injustiça sem tamanho”, completou Júlio Turra, que reforçou a convocação da militância a São Bernardo do Campo.
“Aqui é o centro da resistência”, disse, ressaltando a importância de todos irem prontos para permanecer no local hoje, amanhã, domingo e enquanto for necessário.
Na reunião, os representantes das frentes decidiram também multiplicar em todo o país os comitês pela liberade de Lula.