Escrito por: Redação RBA

Lula dispara e tem 39% das intenções de votos, mostra Datafolha

Ex-presidente sobe sete pontos em relação a levantamento de abril. Marina (8%), Alckmin (6%) e Ciro (5%) vêm em seguida. Potencial de transferência de votos para Haddad, caso seja impedido, vai de 31% a 49%

RICARDO STUCKERT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 39% das intenções de voto para Presidência da República, segundo pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira (22). Lula cresceu sete pontos em relação ao levantamento feito em abril. Ele ratifica o favoritismo apontado na segunda-feira (20) por pesquisas CNT/MDA e Ibope e supera em mais que o dobro o segundo colocado, Jair Bolsonaro, quem tem agora 19% (tinha 15% em abril).

Aparecem embolados no terceiro posto Marina Silva (Rede), com 8%, Geraldo Alckmin (PSDB), 6%, e Ciro Gomes (PDT), com 5%. O Datafolha ouviu 8.433 pessoas em 313 municípios, de 20 a 21 de agosto. A margem de erro do levantamento, feito em parceria entre Folha de S. Paulo e TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O Datafolha revela ainda que, num eventual cenário em que a candidatura de Lula venha a ser impedida, seu virtual substituto, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com 4%. O mesmo levantamento revela, porém, que 31% dos que dizem votar em Lula votariam em um nome apoiado por ele. E que outros 18% podem vir a fazê-lo. Ou seja, o ex-presidente tem potencial de transferir metade de sua intenção de voto.

A pesquisa informa também que Haddad, escolhido para vice de Lula e que somente nesta semana começou a viajar em campanha, ainda não é conhecido por 27% dos eleitores, contra 59% que já ouviram falar do ex-prefeito paulistano. Em comparação, Lula é conhecido por 99% dos ouvidos, Marina por 93% e Alckmin, por 88%.

Nas simulações de segundo turno, Lula supera Bolsonaro, Marina e Alckmin.

Eleição sem Lula?

Os votos brancos e nulos somam 11%, com 3% de indecisos, num cenário com o ex-presidente. Sem Lula, esses índices sobem respectivamente para 22% e 6%. Bolsonaro passa a liderar com 22%. Marina e Ciro dobram para 16% e 10%. E Alckmin também sobe para 9%.

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