Em encontro com sindicalistas, em São Paulo, o ex-presidente Lula criticou a falta de direitos trabalhistas e afirmou que quer melhorar a legislação à atual realidade dos trabalhadores
O ex-presidente Lula, pré-candidato do PT, às eleições presidenciais deste ano, em encontro com sindicalistas em São Paulo, nesta quinta-feira (14), disse que quer melhorar a legislação trabalhista de acordo com o ano de 2023 e não simplesmente voltar atrás aos anos de 1943.
"Eles tentaram achar uma solução com o trabalho intermitente, fazendo com que o trabalhador não tenha direito, criticou Lula se referindo a reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB), aprovada em 2017.
"Sempre disse que o emprego é uma coisa sagrada. Quando a gente tem carteira assinada, estabilidade social, previdência social, parece que a gente está no céu. Agora, tem muita gente desempregada”, complementou Lula.
O ex-presidente também criticou o termo “empreendedor” utilizado para nomear os trabalhadores por aplicativos, que muitas vezes carregam comida nas costas, sentindo o seu cheiro e passando fome.
Segundo ele, é muito bom querer ser seu próprio patrão, mas desde que o seu ganho dê para sustentar a família.
“A palavra empreendedor é muito bonita. Todo mundo quer ser empreendedor e trabalhar por conta própria. Ninguém quer um chato mandando e acordar 4 horas da manhã. Mas acontece que você não é um empreendedor, se você não tem condições de cuidar da sua família, se não tem dinheiro, direito a descansar sábado domingo e feriados, ter férias e ficar o Natal e Ano Novo junto com a família, se não tiver um programa da previdência para cuidar de você,” declarou.
Ele ainda afirmou que é possível fazer uma chapa Lula/Alckmin para reconquistar os direitos dos trabalhadores do país. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é pré-candidato à vice na coligação PT/PSB.
“Vamos criar uma mesa de negociação com os sindicatos, com os empresários, não faremos nada na marra, mas a gente quer o direito de negociar. Nós queremos emprego e aumento de salário e nos vamos reajustar o mínimo todo ano pelo crescimento do PIB, além da reposição inflacionária”, prometeu Lula.