Lula e Papa Francisco defendem direitos dos trabalhadores e o fim da desigualdade
No Vaticano, o ex-presidente Lula e o Papa Francisco conversaram sobre os direitos dos trabalhadores, a defesa de uma política ambiental e o fim da desigualdade social. Papa afirmou que vem ao Brasil em maio
Publicado: 13 Fevereiro, 2020 - 18h07 | Última modificação: 13 Fevereiro, 2020 - 20h50
Escrito por: Redação CUT
Em coletiva à imprensa depois de se encontrar com o Papa Francisco, em Roma, nesta quinta-feira (13), o ex-presidente Lula disse estar "muito satisfeito" com a conversa com o pontífice, que segundo ele foi focada na desigualdade social e na política ambiental.
"A minha visita teve como objetivo principal discutir com o Papa Francisco a questão da desigualdade e a questão da sua luta na defesa de uma boa política ambiental", disse Lula.
"Todo mundo sabe que o mundo está ficando mais desigual, que os trabalhadores estão perdendo direitos e que conquistas estão sendo derrubadas por interesses empresariais e financeiros", complementou.
Lula definiu como "alentadora” a decisão do Papa de participar do encontro - Economia de Francisco - que será realizado com jovens entre os dias 26. 28 11 de março, na cidade de Assis, na Itália. Segundo o Papa, o objetivo do encontro é inspirar uma nova economia, pois foi ali que Francisco despojou-se de toda a mundanidade para escolher a Deus como bússola da sua vida, tornando-se pobre com os pobres e irmão de todos.
“Quando o Papa Francisco toma a atitude de fazer um encontro em Assis para discutir a desigualdade, chamando milhares de jovens para debater a nova economia do mundo, eu acho que é uma decisão alentadora do Papa, que toca num assunto vital para o futuro dos trabalhadores do mundo inteiro”, disse Lula.
Sobre a figura do Pontífice , o ex-presidente disse que, “na idade dele, com 84 anos, ele quer fazer coisas que sejam irreversíveis, coisas que fiquem para sempre no seio da sociedade e alimentar a juventude a discutir os problemas da economia do mundo”.
Segundo o ex-presidente, discutir os problemas da realidade e da economia é uma necessidade e “deve servir de exemplo para o movimento sindical, para outras igrejas, para os partidos políticos no mundo inteiro.”
Para Lula, o Papa cumpre papel importante para encontrar soluções e possíveis saídas para esses momentos de crise e instabilidade internacional. “Se todo ser humano tiver a força, a disposição e a garra que ele tem de levantar temas instigantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções mais fáceis”, apontou.