Escrito por: Redação RBA
Lula aparece na cola do atual presidente (25% a 27%) nas intenções de voto para o primeiro turno. No segundo, a diferença numérica cai para apenas um ponto (40% a 41%)
Pesquisa XP/IPespe divulgada nesta sexta-feira (12) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem 27% das intenções de voto, enquanto Lula tem 25%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Além disso, a soma dos que consideram o governo ruim ou péssimo oscilou 3 pontos percentuais para cima, de 42% a 45%. O levantamento também captou desejo de mudança pela maioria do eleitorado.
Trata-se do primeiro levantamento do instituto após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restituiu os direitos políticos de Lula, após anulação de todas as condenações impostas pela Operação Lava Jato.
Na pesquisa estimulada, o ex-juiz Sergio Moro aparece em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto. Ele é seguido por Ciro Gomes (PDT, 9%) e Luciano Huck (6%). Na sequência, Guilherme Boulos (Psol), João Doria (PSDB) e João Amoedo (Novo) ficaram com 3%. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) ficou com 2%. Os que disseram que vão votar branco e nulo, ou que não souberam responder, somaram 13%.
No segundo turno, a diferença entre Bolsonaro (41%) e Lula (40%) é de apenas um ponto. Em branco e nulos somam 19%. Ciro Gomes também aparece empatado tecnicamente (37% a 39%) contra Bolsonaro, numa eventual segunda volta. Outros 25% dizem que não votariam em nenhum dos dois. Ocupando o lugar de Lula, o ex-candidato Fernando Haddad ficaria com 36%, ante 40% do atual presidente. Brancos e nulos somam 24%.
O levantamento também apontou o predominante desejo de mudança no eleitorado. A maioria (52%) diz que prefere votar em um candidato que “mude totalmente a forma como o Brasil está sendo administrado”. Outros 29% dizem preferir alguém que “mude um pouco”. Apenas 15% querem alguém “que dê continuidade à forma atual”.
Nesse sentido, o declínio da popularidade do Bolsonaro é percebido desde outubro do ano passado. Contribuíram a avaliação negativa da atuação do governo no combate à pandemia – que saltou de 53% para 61% – bem como o medo do risco de contaminação pela doença – que avançou de 39% para 49%. Além disso, também ampliou de 57%, no mês passado, para 63% a parcela da população que acredita que a economia vai no caminho errado.
Os pesquisadores do Ipespe ouviram 800 pessoas, por telefone, entre terça-feira (9) e ontem (11).