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'Lula está com seus direitos políticos intactos', diz Gleisi em Curitiba

Na vigília Lula Livre, presidenta do PT incentiva pessoas e militantes a divulgar versões que desmintam informações falsas sobre candidatura e significado da resistência

Publicado: 11 Maio, 2018 - 19h03

Escrito por: Redação RBA 

Reprodução
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A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse no início da tarde desta sexta-feira (11), na Vigília Lula Livre, em Curitiba, que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sofrendo “um ataque especulativo”. Segundo ela, a informação de que ele não pode ser candidato porque está preso e não teria direitos políticos é falsa e precisa ser combatida.

“O Lula está com seus direitos políticos intactos. Ele pode ser inscrito como candidato em agosto, porque a Constituição Federal só suspende o direito político de uma pessoa se o julgamento que a condenou for reafirmado na última instância, que é o Supremo Tribunal Federal. Isso não aconteceu com o Lula”, afirmou.

A dirigente explicou que mesmo a Lei da Ficha Limpa, no artigo 26-C, determina que a inelegibilidade pode ser suspensa até a diplomação. Se o candidato tiver recurso na instância superior e esse recurso for juridicamente plausível, mesmo que o registro não seja deferido, ele pode continuar candidato, inclusive com sua foto na urna eletrônica. “E antes da diplomação, temos que levantar a inelegibilidade dele. Mas se nada der certo, Lula vai saber o que fazer e vai dar a resposta ao povo brasileiro”, disse.

Para Gleisi, tanto na questão da candidatura como em relação ao significado e propósitos da vigília Lula Livre, “é muito importante a disputa da narrativa, levando outra versão às pessoas”. “Quando você repete a versão de uma mentira por muito tempo, essa versão acaba se tornando a verdade”, disse, lembrando a estratégia de marketing de Joseph Goebbels, propagandista de Hitler.

A senadora destacou ainda que, embora haja uma campanha para viabilizar jurídica e politicamente a candidatura de Lula, respeita outros postulantes do campo progressista à presidência da República.

“Sei que outros partidos aqui têm opções de candidato a presidente, mas estão conosco na campanha Lula Livre.” Gleisi citou “companheiros do PCdoB que têm sido incansáveis, do Psol, do MDB, do PDT, do PSB, que entendem que a prisão de Lula é uma afronta à democracia. Precisamos ampliar esse movimento. E esclarecer ao povo o que acontece no Brasil, por que prenderam, por que tiraram a Dilma.”

Ela lembrou o aumento do desemprego a partir do governo de Michel Temer, hoje em 13,7 milhões de trabalhadores, e a queda do poder de compra do salário mínimo. “Essas pessoas estão destruindo o Brasil. Por isso Lula se pergunta: ‘foi pra isso que tiraram a Dilma e me prenderam?’ O povo está sem esperança e perspectiva.”

Nesta quinta-feira (10), o ex-prefeito de Osasco Emidio de Souza visitou o ex-presidente por uma hora na e, segundo ele, Lula afirmou que “não se conforma de o Brasil ter um governo medíocre, que está entregando o patrimônio nacional e colocando todas as nossas conquistas abaixo”.

“Nossa luta é de resistência, política, pra tirar o Lula (da prisão), pra ele ser candidato e voltar a ser presidente do Brasil. É uma luta de enfrentamento. Uma luta de que vamos travar ao lado do povo, na conscientização desses direitos e da necessidade de derrotar o golpe.”