Lula tem mais intenções de voto entre trabalhadores que ganham até 1 SM e nordestinos, os que mais sofrem com as políticas, ou a falta dela, do governo Bolsonaro
Mais uma pesquisa consolida a liderança do ex-presidente Lula na eleição para a Presidência da República deste ano. Trabalhadores que ganham até um salário mínimo (R$ 1.212) e nordestinos, os que mais sofrem com as políticas, ou a falta delas, do governo de Jair Bolsonaro (PL), são a maior fatia de eleitorado do petista.
A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (24), mostra o ex-presidente Lula em primeiro lugar nas intenções de voto, com 43%, no primeiro turno da corrida eleitoral.
Na sequência aparecem Bolsonaro, com 26% das intenções de voto; seguido pelo o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 8%, e pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes, com 6%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o deputado federal André Janones (Avante) empatam com 2%.
Os demais candidatos Vera Lúcia (PSTU), a senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal Felipe D’Avila (Novo) estão com 1% cada. Leonardo Péricles (UP), não pontuou. Votos em Ninguém/Branco/Nulo somam 6% e não sabem 2%
Os números acima são referentes a pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor. Na lista não tinha o nome do governador Eduardo Leite (PSDB), que ainda estuda se muda de partido para sair candidato.
O Datafolha simulou quatro cenários diferentes com candidatos da chamada terceira via, mas os números não mudaram para Lula, que manteve a liderança.
Por regiões e faixa salarial
Lula mantém a liderança no Nordeste, com 55% das intenções de voto. Moram na região, segundo a amostra do Datafolha, 26% dos brasileiros. O ex-presidente também lidera entre os menos escolarizados (55%) e jovens (51%).
Entre os mais pobres, Lula também se mantém à frente. Neste grupo, que soma 53% dos ouvidos, ele tem 51% de intenções de voto.
Metodologia da pesquisa
A nova pesquisa do Datafolha sobre a eleição presidencial de outubro, foi feita com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país, nesta terça (22) e quarta-feira (23).
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.