Lula lidera isolado e venceria eleição no primeiro turno, revela pesquisa Ipec
Ex-presidente tem 48% das intenções de votos, mais do que a soma de todos os outros candidatos e 27 pontos a mais do que Bolsonaro, que é avaliado como ruim ou péssimo por 55% dos brasileiros
Publicado: 15 Dezembro, 2021 - 10h59 | Última modificação: 15 Dezembro, 2021 - 15h51
Escrito por: Redação CUT
Se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Lula (PT) venceria a disputa no primeiro turno com 27 pontos a mais do que o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), e mais votos do que todos os candidatos somados.
Os dados são da pesquisa Ipec, divulgada na noite desta terça-feira (14), que trouxe outras péssimas péssimas notícias para Bolsonaro. Além de estar bem longe de Lula nas intenções de voto, a gestão de Bolsonaro atingiu 55% de avaliação ruim ou péssima. O percentual de entrevistados que diz não confiar no presidente saltou para 70%.
Lula mantém folga em todos os cenários
No primeiro cenário simulado, Lula tem 48% das intenções de voto, mais do que todos os outros candidatos somados.
Em segundo lugar vem Bolsonaro, com 21%, seguido pelo juiz suspeito Sérgio Moro (Podemos), com 6%, empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT), que tem 5%.
Ainda mais distante aparecem André Janones (Avante) e João Doria (PSDB), ambos com 2%; Cabo Daciolo (PMN), com 1%, e Simone Tebet (MDB), com 1%.
Alessandro Vieira (Cidadania), Felipe d’Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP) e Rodrigo Pacheco (PSD) não registraram intenções de voto. Brancos e nulos somam 9%. Não sabem ou não responderam, 5%.
No segundo cenário simulado pelo Ipec, com menos candidatos, Lula tem 49% das intenções de voto, novamente mais do que todos os outros candiadatos somados.
Bolsonaro continua em segundo lugar, com 22%, Moro em terceiro com 8%, seguido de Ciro, 5%, e Doria, 3%. Brancos e nulos somam 9%. O total dos que não sabem ou não responderam é de 3%.
Extratos onde as intenções de voto em Lula são maiores
. entre os que avaliam a administração de Jair Bolsonaro como ruim ou péssima (68%);
. moradores dos 9 estados da Região Nordeste (63%);
. moradores das periferias das capitais (55%);
. entre os eleitores católicos (54%).
Segundo o Ipec, as intenções de voto em Lula são maiores quanto menor a renda familiar mensal e a escolaridade dos entrevistados.
. 32% dos que têm renda familiar mensal acima de 5 salários mínimos declararam que vão votar em Lula.
. 57% dos que têm renda familiar até 1 salário mínimo declararam votar no ex-presidente.
. 40% dos que têm nível superior e 55% dos que têm ensino fundamental disseram que pretendem votar no ex-presidente.
Extratos onde as intenções de voto em Bolsonaro são maiores
- entre os que avaliam sua administração como ótimo ou boa (75%);
- os moradores da região Norte/Centro-Oeste (29%) e Sul (27%);
- entre os evangélicos (33%), Bolsonaro aparece tecnicamente empatado com Lula.
De acordo com o Ipec, as menções ao presidente aumentam quanto maior a renda familiar mensal e escolaridade dos entrevistados.
Passa de 14%, entre quem tem renda até 1 salário mínimo, para 30%, entre que tem renda acima de 5 salários. Tem ainda 18% das menções entre quem tem o ensino fundamental e atinge 25% entre os mais escolarizados.
Cresce avaliação negativa do governo Bolsonaro
De acordo com a pesquisa Ipec realizada em setembro, 53% dos entrevistados avaliavam a gestão do governo Bolsonaro como ruim ou péssima. O percentual cresceu para 55% na pesquisa realizada nos primeiros dias de dezembro.
Outros 19% avaliam a gestão como ótimo ou boa, 25% como regular e 1% não sabe ou não respondeu.
70% não confiam em Bolsonaro
Os pesquisadores perguntaram: "E o(a) senhor(a) confia ou não confia no presidente Jair Bolsonaro?"
. 70% responderam que não confiam;
. 27% que confiam
. 3% não souberam ou não quiseram responder.
Sobre o instituto
O Ipec foi criado em fevereiro por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades em janeiro deste ano em razão do término de um acordo de licenciamento com a Kantar Group.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi realizada de 9 a 13 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas.
Os dados foram coletados em 144 municípios brasileiros.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O nível de confiança é de 95%.