Lula relança programa Mais Médicos, programa exterminado depois do golpe
Programa vai ampliar atendimento, principalmente em áreas carentes, onde população tem de viajar, se puder, para conseguir uma consulta médica
Publicado: 20 Março, 2023 - 10h33 | Última modificação: 20 Março, 2023 - 10h36
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
O presidente Lula (PT) relança, nesta segunda-feira (20), o programa Mais Médicos para o Brasil com o objetivo de ampliar o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais.
Criado em 2013 para ampliar o número de profissionais de saúde em áreas de baixo desenvolvimento econômico e no interior do país, o Mais Médicos começou a ser desmontado depois do golpe de 2016 e foi praticamente exterminado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), apesar do fim do programa nunca ter sido feito oficialmente.
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Bolsonaro criou um programa Médicos pelo Brasil que nunca saiu do papel. Lançado em 1º de agosto de 2019 e instituído oficialmente pela Lei 13.958, de 18 de dezembro daquele ano, o programa de Bolsonaro nunca teve um edital de chamamento de profissionais de saúde.
Como será o novo mais médicos
O governo ainda não divulgou detalhes sobre o novo Mais Médicos. O pouco que se sabe foi divulgado, no último sábado (18), pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, em seu perfil no Twitter.
De acordo com as postagens, além de ampliar o número de profissionais da saúde, o novo Mais Médicos vai melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em construção e reforma de unidades básicas. Pimenta também disse que a nova versão do programa deve priorizar a contratação de médicos brasileiros.
Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros.
“O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.