Escrito por: Redação CUT/ Erica Aragão

Lula se reúne com STF e governadores para discutir ações contra terroristas

Agenda do presidente tem reuniões com ministros do STF, Defesa, governadores e com representações internacionais. Mais de 1000 extremistas bolsonaristas já foram detidos

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois dos atos de vandalismos e ações terroristas em Brasília, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu pela manhã com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parte de seu ministério e com o presidente da Câmara, Arthur Lira, na sede da Corte, em Brasília.

Nas redes sociais, Lula divulgou uma nota conjunta dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, em que condenam os atos terroristas ocorridos no domingo (8), no Distrito Federal. O documento pede que a sociedade mantenha a serenidade e se posicione em defesa da paz e da democracia.

Manifestação conjunta dos presidentes dos Poderes da República, assinada na manhã de hoje, em repúdio aos atos golpistas de ontem em Brasília. #EquipeLula pic.twitter.com/p6dOtuh8S6

— Lula (@LulaOficial) January 9, 2023

 Na agenda do presidente ainda consta reuniões com a cúpula das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio e no início da noite, por volta das 18 horas, uma reunião com os governadores. Esta reunião foi antecipada devido aos atos violentos de terroristas acampados em Brasília, que pediam golpe militar.  Lula também vai receber telefonemas do primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, e do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que devem prestar solidariedade a Lula.

Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, Lula vai despachar do Planalto para "mostrar à sociedade brasileira e ao mundo que as instituições estão preservadas, estão funcionando".

Os atos terroristas

O acampamento no Distrito Federal foi desmontado e cerca de 1200 terroristas foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal. Outros acampamentos me outros estados também começam a ser desmontados.

Além de pedirem intervenção militar, os terroristas quebrarem tudo no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal (STF) e no Palácio do Planalto . Eles também danificaram o prédio do Ministério da Fazenda ao serem escoltados pelas forças de segurança para fora da Esplanada dos Ministérios. 

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, ao menos dez profissionais foram agredidos e tiveram equipamentos roubados. Uma das mais graves ameaças foi feita a um repórter do jornal O Tempo, que relatou ter sido agredido por vândalos que chegaram a apontar uma arma de fogo para ele, que registrava o vandalismo no Congresso Nacional.

Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, em seu Twitter, o pedido de reunião incluiu os ministérios competentes e os demais Poderes. "A hora é de se unir em defesa da democracia!", ressaltou.

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na madrugada desta segunda-feira (9) afastar o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias porque as forças de segurança do DF não contiveram vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF.

Moraes tomou a decisão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União.

“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", escreveu Moraes na decisão.


Com informações da Agência Brasil, G1, O Globo e CNN