Lula será ‘julgado’ por júri popular em Salvador
Ato acontecerá em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no campo da Pólvora, na próxima terça (23)
Publicado: 18 Janeiro, 2018 - 18h45 | Última modificação: 18 Janeiro, 2018 - 20h01
Escrito por: CUT Nacional, com informações da CUT-BA
Na véspera do julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) do recurso contra condenação em primeira instância no caso do tríplex do Guarujá, o ex-presidente Lula será julgado pelo povo, em Salvador.
A Frente Brasil Popular Bahia, que reúne centenas de movimentos sociais e centrais sindicais, entre elas a CUT-BA, a Frente Brasil de Juristas pela Democracia Bahia e o PT organizaram “júri popular”, que será realizado no dia 23 de janeiro, a partir das 15h, em frente ao Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora.
O Tribunal Popular do Sistema de Justiça Criminal – Júri popular em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato – tem como objetivo alertar a população sobre a injustiça de uma condenação sem provas e sem crime.
“Precisamos alerta o povo. É um julgamento político. O objetivo é afastar Lula do processo eleitoral”, disse o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, lembrando análise do ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que disse ao Portal da CUT “a Justiça não quer provar nada, quer tirar Lula da eleição”. Leia a matéria completa clicando aqui.
No evento, haverá “espaço para a acusação”, afirma o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação.
“Claro que neste júri tem de ter documentos, provas de atos ilícitos, contas no exterior, malas de dinheiro. Aqui não teremos condenação com base em convicções”, diz Cedro Silva.
Sara Mercês, advogada e uma das organizadoras dos Juristas pela Democracia Bahia, ressalta a importância do júri popular e faz um chamado a sociedade.
“Estamos convidando todas e todos para participar dia 23 de janeiro do ato em defesa do companheiro Lula. O nosso principal objetivo com tribunal popular, além de deixar clara a indignação com a condenação em primeira instância, terá um caráter didático, jurídico e político: vamos mostrar para os baianos que preceitos constitucionais foram violados,” afirma.
“Não vamos abrir mão de ir às ruas para impedir o cerceamento do direito de Lula ser candidato nas próximas eleições”, concluiu Sara.