Lula simboliza a unidade da classe trabalhadora e das centrais sindicais
Mais de 20 mil pessoas são esperadas ao longo de todo o dia em Curitiba, que se consolida, nesse 1º de Maio, como a capital da resistência e da solidariedade
Publicado: 01 Maio, 2018 - 12h13
Escrito por: Luciana Waclawovsky, especial para Portal CUT
Em entrevista coletiva à imprensa no final desta manhã (1º), a vice presidenta da CUT nacional Carmem Foro, disse que a união das principais centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical – juntas pela primeira vez em um ato de 1º de Maio, tem como eixo a democracia, os direitos [sociais e trabalhista] e a liberdade de Lula.
“É um momento histórico porque todas as centrais compreendem que estamos vivendo um ataque à democracia. Também nos une as reformas que desde 2016 atacam os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e deixaram mais de 13 milhões de pessoas desempregadas”.
Porém, o que coroa esse 1º de Maio, diz Carmen, “é o acordo entre nós de que é necessário garantir a liberdade do ex-presidente”.
“Lula foi preso injustamente e nós queremos que a Constituição Federal seja cumprida. Portanto, estamos aqui hoje porque entendemos que Curitiba é a capital da resistência e da solidariedade. A população daqui está bastante solidária com nosso acampamento”.
Carmem Foro alertou que a unidade em torno da mesma pauta também tem o objetivo de denunciar o ambiente de ameaças e violência às lideranças locais e aos acampados.
“Nosso acampamento, em determinados momentos nos turnos da noite, recebe provocação de pessoas que passam de carro e exigimos que as autoridades locais e nacionais tomem providências para garantir que nossa militância possa fazer a vigília em tranqüilidade, nesse processo que estamos vivendo aqui”.
Ela disse que, depois do atentado a tiros na madrugada do sábado passado, tanto a organização do acampamento quanto as autoridades locais, reforçaram a segurança da área.
“Depois do ocorrido houve um diálogo dos movimentos sociais com a polícia estadual para garantir um reforço. Mas tivemos que chegar nessa situação extrema para fazer entender as ameaças que estávamos sofrendo”.