Lula vai a Brasília lutar por auxílio emergencial de R$ 600 e vacina para todos
Além da correção do valor do auxílio, Lula quer estender o pagamento do benefício para todo o período de duração da pandemia e conversar com embaixadores da Rússia e China sobre vacinas
Publicado: 03 Maio, 2021 - 14h43 | Última modificação: 03 Maio, 2021 - 14h57
Escrito por: Redação CUT
A partir desta segunda-feira (3), o ex-presidente Lula deve realizar encontros com líderes políticos e diplomatas, em Brasília, onde passará a semana. Lula vai se encontrar com os embaixadores de Rússia e China nesta segunda para falar sobre a relação dos países com o Brasil e sobretudo sobre a questão da pandemia do novo coronavírus e a necessidade urgente de conseguir vacinas para imunizar a população. O ex-presidente também visitará os presidentes do Senado e Câmara para tratar de temas institucionais; e receberá parlamentares de diversos partidos, líderes políticos e funcionários de carreira da alta administração federal.
Com os partidos de oposição e lideranças do Congresso Nacional, Lula vai articular o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.
Ao renovar o pagamento do benefício, depois de três meses sem nenhuma ajuda aos desempregados e informais que mais sofrem com as consequências da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) enviou a ao Congresso a Medida Provisória (MP) nº 1.039/2021, que prevê o pagamento de apenas quatro parcelas, com valores que vão de R$ 150 a R$ 375 mensais que, como disse o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, não mata a fome nem aquece a economia.
Desde o ano passado, o ex-presidente tem afirmado a necessidade de ampliar o gasto público para socorrer não apenas as famílias, mas também as micro e pequenas empresas em dificuldade por conta da pandemia. Para tanto, ele defende, inclusive, a emissão de moeda.
De acordo com a colunista do jornal O Globo Malu Gaspar, Lula quer utilizar o exemplo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Em março, o democrata assinou um pacote emergencial de combate à pandemia com orçamento de US$ 1,9 trilhão. Na sequência, ele também anunciou um plano de ajuda às famílias de US$ 1,8 trilhão, e outro plano de investimento em infraestrutura com investimentos de 2,3 trilhões, ao longo de oito anos.
Com o aumento do desemprego e a retração da atividade econômica, o ex-presidente avalia que o aumento de gastos não implicaria em aumento da inflação. “Na visão do Lula, ter uma renda emergencial neste momento não vai afetar as finanças brasileiras. É possível e razoável fazer isso”, diz a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann à colunista.
Articulação
Segundo a jornalista, Lula “tem expressado a vontade de trabalhar pela frente ampla, prometendo dar força a alianças regionais do PT com aliados à esquerda e ao centro, e delineado uma agenda econômica para se contrapor ao governo de Jair Bolsonaro”. Ainda assim, o ex-presidente diz que, em função da pandemia, não é hora de tratar da corrida eleitoral do ano que vem.
Parlamentares petistas também destacaram as movimentações do ex-presidente em Brasília. Para o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS), líder do partido, Lula “não se conforma com a volta da fome” no Brasil. De acordo com o deputado José Guimarães, líder da Minoria na Câmara, as lutas pelo emprego e pelas vacinas também serão temas dos encontros de Lula.
Confira as manifestações
Com informações da RBA