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Lula venceu debate entre os indecisos e teve mais destaque nas redes sociais

Em um grupo de 100 indecisos, 54% consideraram que Lula ganhou o debate e 59% disseram que tendem a apoiar o petista no 2º turno

Publicado: 17 Outubro, 2022 - 10h01 | Última modificação: 17 Outubro, 2022 - 17h45

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) ganhou o primeiro debate entre os candidatos à presidência da República no segundo turno das eleições deste ano, realizado neste domingo (16), na TV Band, e foi o que conseguiu mais avaliações positivas nas redes sociais.

Em um grupo de 100 eleitores indecisos reunido pela AtlasIntel durante o debate, 54% consideram que Lula ganhou o embate contra contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.  Outros 32% acharam que Bolsonaro ganhou e 14% não souberam responder.

Após o debate, 59% dos participantes da pesquisa disseram que tendem a apoiar Lula no 2º turno, 32% tendem a apoiar Bolsonaro e 9% continuam indecisos.

O objetivo deste tipo de estudo é avaliar tendências e informar análises. Os participantes foram divididos em 9 grupos focais de acordo com os estados onde residem: Paraná/Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins. Bahia, Acre, Mato Grosso/Mato Grosso do Sul.

Redes sociais

O debate organizado pelo Grupo Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S. Paulo, UOL e CNN teve enorme repercussão nas redes sociais, com clara vantagem para Lula.

O petista obteve uma média de 44,5% de menções positivas durante o evento, enquanto o adversário do PL concentrou 36,5% de menções positivas. Os dados são do cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Felipe Nunes, que também dirige o instituto Quaest, que neste ano tem realizado pesquisas eleitorais.

No primeiro e segundo blocos, Lula foi melhor (43% e 46% de menções positivas, respectivamente). Conseguiu fazer Bolsonaro falar de temas caros a ele: vacina e pandemia. No terceiro bloco, com o tema da corrupção, Bolsonaro se saiu bem melhor (51%), segundo a avaliação de Nunes sobre as postagens nas redes sociais.

Segundo Nunes, “foi um debate intenso, também nas redes sociais”. Foram quase 550 milhões de interações sobre o debate entre 17h e 23h.

Para o colunista do UOL, Leonardo Sakamoto, o debate terminou em empate. “Bom para Lula, que está à frente nas pesquisas”, acrescentou.

“O petista determinou a agenda do primeiro bloco, pautando a pandemia e jogando as mortes por Covid-19 nas costas de seu adversário. No segundo bloco, com as perguntas dos jornalistas, os dois tiveram desempenho semelhante - destaque para a irritação de Bolsonaro diante da comparação entre a corrupção do petrolão do PT e do seu orçamento secreto”, segue Sakamoto.

No terceiro bloco, Bolsonaro estava mais solto e pautou corrupção sem que Lula reagisse falando sobre o bolsolão do MEC, o bolsolão do asfalto, os 51 imóveis comprados pela família com dinheiro vivo e tantas outras denúncias envolvendo o clã Bolsonaro.

Para Sakamoto, “mais irritado e cansado, o petista não controlou seu tempo. Isso garantiu cinco minutos para Jair falar sem interrupção. Contudo, ele não apresentou uma "bala de prata", pelo contrário, desperdiçou a oportunidade ao gastar o tempo para reforçar o discurso ideológico de sua base. Lula ainda usou mal um direito de resposta ao ficar reclamando por mais direitos de resposta”.

“Destaque negativo foi Bolsonaro resumir as comunidades pobres do Rio a antros de bandidos ao dizer que só havia traficantes ao lado de Lula na passeata do Complexo do Alemão”, conclui.