Escrito por: Redação CUT
Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nessa terça, o projeto de lei da prefeitura que mexe com sete carreiras do funcionalismo. Luta do Sindsep fez governo recuar em alguns pontos importantes para a categoria
A luta dos 190 mil servidores municipais de São Paulo, comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), contra as perdas salariais e mudanças em sete carreiras do funcionalismo, embora não tenha sido 100% vitoriosa, trouxe algum alívio para a categoria.
Durante a votação do Projeto de Lei nº 482/22 do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), nessa terça-feira (16), os vereadores melhoraram a proposta inicial, graças as mobilizações e presença dos servidores públicos na Câmara, com aumentos nas tabelas para sete categoria. O Projeto foi aprovado com 35 votos favoráveis, 16 votos contrários e 1 abstenção.
Entre os ganhos na segunda votação, a categoria conseguiu que estivesse no projeto o retroativo da data-base do funcionalismo, em maio; em relação ao vale-Alimentação e vale-Refeição o pagamento será no mês seguinte à sanção do projeto e não mais em janeiro de 2023 como no PL original; além da melhoria das tabelas em algumas carreiras, como na Saúde, que ainda não recupera as perdas inflacionárias, mas houve um avanço, segundo os dirigentes do Sindsep.
Apesar dessas conquistas e das reivindicações desde o início da campanha salarial, Ricardo Nunes conseguiu barrar a recuperação das perdas inflacionárias e manter o confisco que ele fez sobre as aposentadorias.
João Gabriel, presidente do Sindsep, afirmou que os servidores saíram desse processo de cabeça erguida, pois fizemos o governo recuar em diversos pontos.
“Eles nos submeteram a uma situação de confisco salarial e nós iniciamos a campanha salarial com a convicção de que era preciso lutar e ir pra rua. Tínhamos que ir para a rua para romper com o ciclo das bonificações, que exclui os aposentados, e acertamos ao vir para rua lutar em reajuste para todos, todo o funcionalismo.” E, concluiu, “o governo queria nos enfraquecer e nos dividir, mas aqui nós demos a maior demonstração de unidade”, afirmou
Sergio Antiqueira, secretário-geral do Sindsep, afirmou que “conseguimos arrancar de um dos piores governos da história, em termos de desrespeito ao funcionalismo e incapacidade de diálogo, afirmou.
Críticas ao projeto do prefeito Ricardo Nunes
O governo de Ricardo Nunes, segundo os dirigentes do Sindsep, segue a política de desmonte, desvalorização, terceirização e privatização nos serviços públicos municipais, terceirizando a gestão escolar e ainda mais os hospitais.
Para eles, o projeto aprovado não valoriza os servidores, como propagandeado pelo Prefeito Nunes e pelos vereadores da base governista. Ele aumenta o achatamento de algumas carreiras para prejudicar aposentados, desvaloriza alguns setores e não traz a reposição das perdas inflacionárias para a maioria.
Para ver todos os pontos, com comentários do Sindsep sobre o substitutivo apresentado pelo governo, acesse aqui
Veja também como ficará a situação de sua carreira com a aprovação do PL 428/22 com a Calculadora do Sindsep.
Com informações do SINDSEP