Luta dos petroleiros contra o ‘nazifascismo’ pertence ao povo, diz advogado
“É uma luta que faz uma síntese do que o povo está almejando, que é dar fim a esse Estado policial de natureza ideológica, mantido por militares, milicianos e togas deformadas”, afirma coordenador do Fórum Memó
Publicado: 20 Fevereiro, 2020 - 14h38 | Última modificação: 20 Fevereiro, 2020 - 14h43
Escrito por: Redação RBA
A luta dos petroleiros é uma síntese do que almeja o povo brasileiro e deve ser apoiada por todas as categorias, defende o advogado e coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo, Francisco Celso Calmon. Em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, nesta quarta-feira (19), na Rádio Brasil Atual, ele comentou a greve dos petroleiros e a resistência dos trabalhadores ante o governo Bolsonaro.
“Essa luta dos petroleiros é muito maior do que propriamente uma luta dos petroleiros. Eu diria que ela é uma síntese da aspiração de todo o povo brasileiro, porque os petroleiros estão defendendo a soberania nacional, estão defendendo uma empresa que é estratégica para o desenvolvimento do Brasil e tem sido demolida a interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos, é uma luta para que o nível de desemprego não aumente”, afirmou.
Na entrevista, a advogado destaca que vários funcionários terceirizados e mesmo de carreira da Petrobras foram demitidos ou estão em via de ser. E que isso vai “engrossar aqueles que no Brasil estão desempregados ou semi-empregados, ou já deixaram até de ter esperança de conseguir emprego”. “Então, é uma luta dos trabalhadores, da soberania do Brasil, é uma luta que faz uma síntese do que o povo brasileiro está almejando, que é dar fim a esse estado policial de natureza ideológica nazifascista, mantido por militares, milicianos e togas deformadas em um caminho cada vez mais autoritário e cada vez também mais a serviço do capital financeiro e dos Estados Unidos”, acrescenta.
“Eu acho que os petroleiros precisam, merecem e o povo brasileiro tem que se somar a essa luta, todas as categorias de trabalhadores devem estar presencialmente, moralmente e politicamente solidários a essa luta, e daí pode inaugurar um grande movimento para pôr fim a esse estado fascista que estamos vivendo e que já sequestrou os direitos dos trabalhadores, sequestrou os direitos humanos, já agrediu a soberania nacional e vem agredindo todas as categorias de uma forma paranoica, amoral, que vai fazer com que o país, para retomar aquela plataforma civilizatória que vinha sendo construída até o golpe de 2016, vai levar no mínimo uma ou duas décadas. Quanto mais cedo se der um fim a esse Estado fascista, melhor para o povo brasileiro, melhor para a Nação, que não suporta mais o que está acontecendo.”
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