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Luta por dignidade dos trabalhadores marca ato do Dia 1º de Maio em Cuiabá (MT)

"Sabemos que é a parcela mais pobre da população, o assalariado, aquele que precisa enfrentar ônibus lotado todo dia para trabalhar, é esse o que mais sofre os impactos dessa crise", diz presidente da CUT-MT

Publicado: 01 Maio, 2021 - 12h38 | Última modificação: 01 Maio, 2021 - 13h10

Escrito por: CUT-MT

CUT-MT
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Um ato simbólico da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), marcou o protesto do Dia do Trabalhador, 1º de Maio. Em função da pandemia, a central optou por um ato com apenas alguns dirigentes para evitar aglomeração. Na praça Alencastro, região central de Cuiabá, os sindicalistas entregaram máscaras de proteção contra a Covid-19 a quem passava pelo local.

Durante as falas de protesto, o presidente da CUT-MT, professor Henrique Lopes, lembrou que no início da crise sanitária, o Brasil teve a oportunidade de comprar cerca de 70 milhões de doses de vacinas, porém, o presidente da república, minimizando os impactos da pandemia, recusou de maneira irresponsável, o acordo que garantiria os imunizantes aos brasileiros. “Hoje, já são mais de 400 mil mortos, vítimas da Covid-19 no Brasil. Em Mato Grosso, mais de 9.600 mortes. O ritmo de vacinação segue extremamente lento e o vírus continua fazendo mais vítimas. Sabemos que é a parcela mais pobre da população, o assalariado, aquele que precisa enfrentar um ônibus lotado todo dia para ir trabalhar, é esse o que mais sofre os impactos dessa crise. Os mais abastados, quando acometidos pela doença, ainda tem a chance de se tratar em hospitais particulares, às vezes, até mesmo em outro estado, como fez o governador Mauro Mendes. Mas o pobre, esse muitas vezes, morre na fila do SUS”, disse Henrique.

Entre as cobranças feitas pela CUT-MT, está a implementação de políticas públicas que venham a garantir a segurança dos trabalhadores, expostos à contaminação do vírus. “Não existem, de fato, medidas que venham garantir a segurança sanitária para os trabalhadores, isso, a começar pelo transporte público”, disse o presidente da cvaentral.

O Secretário de Organização e Política Sindical da CUT-MT, Robinson Ciréia de Oliveira, destacou que a política negacionista do governo, resulta em mortes em massa da população. “O trabalhador e a trabalhadora estão sendo totalmente negligenciados. Não temos vacina, não temos testagem em larga escala para mapear e minimizar essa pandemia. O preço dos alimentos está subindo num patamar absurdo e as pessoas não estão conseguindo comprar o básico da alimentação, porque, até mesmo um saco de arroz está custando quase 40 reais”, criticou.

A defesa da CUT-MT é de vacina para todos e todas ofertada pelo Sistema Único de Saúde; testagem em massa da população; auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia; medidas de segurança sanitária nos locais de trabalho e no transporte público e hospitais equipados para atender a população.

O Secretário de Relações de Trabalho da CUT-MT, Valdeir Pereira, ressaltou a falta de gerenciamento da crise da Covid-19. “Tenho certeza que, neste momento, cada um que passa por aqui, perdeu ou conhece alguém que perdeu a batalha para esse vírus. A população está padecendo com a demora na imunização e o trabalhador que perdeu a sua renda, está totalmente desassistido sem um auxílio emergencial digno”, disse.

O presidente do Sindsep-MT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso) Carlos Alberto de Almeida, também participou do ato e destacou o pacote de reformas do governo federal. “Essas reformas, como citamos a da previdência e a trabalhista, são na verdade, um disfarce para o desmonte dos serviços públicos. A palavra ‘reforma’ é apenas para desviar a atenção da opinião da sociedade, porque, de reforma, não tem nada. O que está sendo feito com essas alterações na legislação, é a retirada em massa dos direitos dos trabalhadores. A PEC 32, da Reforma administrativa, vem com mais força ainda para destruir a classe trabalhadora, por isso, neste dia, não temos motivos para comemorar, mas sim, para nos unir afim de evitar a aprovação desse desmonte dos serviços públicos”, disse.