Má gestão da economia é uma das causas da evasão no escolar
Para presidenta da Apeoesp, tempo integral, no caso do ensino médio, tem de ser por adesão
Publicado: 01 Fevereiro, 2018 - 15h52 | Última modificação: 01 Fevereiro, 2018 - 16h04
Escrito por: Redação RBA
Os dados do Censo da Educação Básica de 2017, divulgados pelo Ministério da Educação nesta quarta-feira (31), mostram que houve uma estagnação das matrículas do ensino médio. Segundo a presidenta da Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual paulista, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, a necessidade de trabalhar é um dos motivos dessa evasão, além da estrutura ultrapassada das escolas. A evasão representa 1,5 milhão de jovens que abandonaram as salas de aula antes de concluir o ciclo básico.
A crise econômica tem forte influência nessa realidade, segundo a dirigente. A queda na renda familiar em função de desemprego ou de piora na qualidade do emprego, com queda na renda. “Se o ensino médio é integral ou diurno, o jovem que precisa ir trabalhar não vai permanecer na escola”, diz Bebel.
Um dos fatores para isso foi a aplicação a aplicação desmedida da exigência do ensino em tempo integral sem acompanhar a realidade local, que em muitas regiões acarreta a saída do aluno que precisa trabalhar para ajudar no sustento da família. Para Bebel, o “falseamento” da política de ensino médio integral, desconectada da realidade que poder ser apurada desde o ensino infantil e fundamental, acaba em muitos casos “empurrando” os jovens para fora da escola.
Ao menos no caso de ensino médio, o Brasil não pode abrir mão da oferta do ensino noturno. “O ensino integral não pode ser impositivo. Tem de ser por adesão”, defende a presidenta da Apeoesp