Maduro diz que mandou oxigênio "apesar da resposta mesquinha" de Bolsonaro
Entrevista exclusiva com mandatário da Venezuela irá ao ar nesta segunda-feira (1º) nos canais do Opera Mundi
Publicado: 01 Fevereiro, 2021 - 12h32
Escrito por: Redação Opera Mundi
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concedeu uma entrevista exclusiva a Opera Mundi que irá ao ar nesta segunda-feira (1º), às 11h. Durante a conversa com o jornalista Breno Altman, o mandatário da Venezuela falou sobre as relações com o Brasil e os Estados Unidos, a pandemia e outros assuntos. Segundo ele, o país enviou oxigênio ao estado do Amazonas por solidariedade, apesar da resposta “mesquinha” do presidente Jair Bolsonaro.
“Estamos fazendo acordos para fornecer oxigênio permanentemente a Manaus. Um gesto de amor. A resposta que Bolsonaro deu foi uma resposta mesquinha, de ódio. A única coisa que deveria ter dito era ‘obrigado, muito obrigado’ [neste momento, Maduro fala em português], e pronto”, disse.
“É preciso pôr essas coisas ideológicas de lado, essa luta ideológica entre o Trump do Brasil, Jair Bolsonaro, e nós, a esquerda. No momento, temos que colocar o ser humano no centro, salvar a vida do ser humano”, afirmou.
Abaixo, você pode assistir a um trecho da entrevista em espanhol. A conversa irá ao ar completa, com legendas em português, nesta segunda, às 11h, nos canais de Opera Mundi no YouTube, Facebook e Twitter.
Maduro e a Venezuela ganharam destaque positivo na imprensa brasileira nas últimas semanas, após o governo venezuelano enviar toneladas de oxigênio para atender a emergência sanitária vivida em Manaus, por conta da covid-19.
Apesar disso, as relações do Brasil com a Venezuela vêm se deteriorando desde a posse de Bolsonaro, que cortou laços diplomáticos com Caracas e reconheceu o ex-deputado Juan Guaidó como "presidente legítimo" do país vizinho.
Herdeiro de diversos avanços sociais conquistados durante os anos de governo do ex-presidente Hugo Chávez, Maduro comanda um país que há anos sofre sanções e bloqueios impostos pelos governos dos Estados Unidos e da União Europeia, com graves consequências sobre a economia local e as finanças públicas.