Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT

Maioria dos deputados do Paraná votou pelo fim dos direitos dos trabalhadores

Dos 27 deputados federais do Estado, 20 votaram a favor da reforma Trabalhista,  a pedido do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP)

Alex Capuano/CUT

A maioria dos deputados federais do Paraná, 20 dos 27, votou a favor do Projeto de Lei nº 6.787/16, a reforma Trabalhista, que acabou com 100 garantias da CLT, tirando direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras.

A proposta, encaminhada ao Congresso Nacional pelo ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), que entrou em vigor em novembro no ano passado, foi aprovada pela maioria dos deputados do partido do golpista e também pelos de sua base aliada.    

Quatro deles são do PSD: Edmar Arruda, Evandro Roman, Sandro Alex e Reinhold Stephanes. Este último não é candidato à reeleição, mas quer eleger seu filho, Reinhold Stephanes Junior à uma vaga na Câmara Federal.

Três são do MDB: João Arruda, Sérgio Souza e Rocha Loures, que foi pego em flagrante recebendo uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS, destinados a Temer. Ele não concorre à reeleição. Já João Arruda é candidato ao governo do estado do Paraná.

Tanto os partidos PP, PR e PSDB tiveram dois deputados cada um que votaram pelo fim da CLT. Pelo Partido Progressista votaram Dilceu Sperafico e Nelson Meurer.  

Meure  não é candidato à reeleição porque foi condenado pela Segunda Turma do STF pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também foram condenados os dois filhos do deputado, Nelson Meurer e Nelson Meurer Júnior. Já Dilceu Sperafico, atualmente comanda a Casa Civil do governo do Paraná e também não é candidato à reeleição.

Pelo PR, aprovaram a reforma Luiz Nishimori e Giacobo (PR ). Do lado tucano, traíram a classe trabalhadora os deputados Luiz Carlos Hauly e Nelson Padovani .

Giacobo (PR), candidato à reeleição, ficou conhecido, especialmente por ter dito em 1997, que ganhou 12 vezes na loteria, em apenas um ano. À época, ele não ocupava uma vaga na Câmara. Hoje, Giacobo deve R$ 21 milhões à União, por débitos pendentes da sua empresa.

Já o tucano Hauly, votou contra os trabalhadores e a favor de Temer na ação que pedia o arquivamento da denúncia pelo crime de corrupção passiva.

Os demais deputados que votaram pelo fim da CLT foram: Alex Canziani (PTB); Alfredo Kaefer (PSL); Leandre (PV); Osmar Bertoldi (DEM); Rubens Bueno (PPS); Takayama (PSC) e Toninho Wandscheer (PROS).

Embora não tenha votado a favor da reforma, o delegado Francisco Francischini (PSL), conhecido por ter mandado a tropa de choque da PM do Paraná atacar os professores estaduais em greve, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos, que congela os investimentos por 20 anos, prejudicando principalmente áreas fundamentais para o desenvolvimento do país, como saúde e educação.

Veja quem são os traídores da classe trabalhadora:

Confira aqui o diagnóstico das eleições 2018 no Paraná, feito pelo DIAP.