MENU

Mais de 1 milhão de brasileiros já assinaram a carta em defesa da democracia

Marca histórica foi alcançada nesta quinta, logo após leitura da carta na Faculdade de Direito da USP e em várias faculdades de todo o país

Publicado: 12 Agosto, 2022 - 08h51 | Última modificação: 12 Agosto, 2022 - 17h57

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Elineudo Meira
notice

A "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", lida nesta quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e em outras universidades do país, ultrapassou a marca de um milhão de assinaturas.

Leia mais: Dirigentes da CUT ressaltam importância do documento em ato em SP

Leitura da carta já entrou para a história de resistência e luta do povo brasileiro em defesa da democracia e das eleições livres e soberanas

A defesa da democracia e das eleições uniu todos os setores da sociedade em torno de um único objetivo – salvar o Brasil da escalada golpista do presidente Jair Bolsonaro (LP), que ataca o sistema eleitoral brasileiro, os ministros das cortes superiores, faz fake news contra as urnas eletrônicas e diz que não vai aceitar o resultado da eleição. E foram esses brasileiros que lotaram a faculdade de direito da USP e o entorno do prédio, as demais faculdades onde a carta foi lida em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, entre outras, e, à tarde, foram às ruas para defender as urnas e a democracia. 

Assinam a carta, que não cita diretamente Bolsonaro em nenhum trecho, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juízes, acadêmicos da USP e de outras universidades, procuradores, advogados e algumas celebridades, como as atrizes Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Marisa Orth, Alessandra Negrini e Cissa Guimarães, o ator Eduardo Moscovis os cantores Alceu Valença e Milton Nascimento, Arnaldo Antunes e Chico Buarque, as cantoras Anitta, Linn da Quebrada e Luísa Sonza, além de empresários de diversos setores da economia, banqueiros, atletas, trabalhadores, desempregados, representantes da CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais.

O documento organizado pela USP é inspirado em uma carta pela democracia escrita em 1977 pelo professor Goffredo Telles Junior, morto em 2009 aos 94 anos. Dos seis juristas que redigiram a carta atual, cinco estavam na faculdade à época daquele texto, que se posicionava contra a ditadura militar.