MENU

Mais de 3 milhões de pessoas estão com Covid-19 no mundo

Total de mortos no mundo é de mais de 212 mil. Brasil tem mais de 67 mil casos e 4.603 mortes. Médicos alertam que faltam EPIs, equipamentos e leitos para atender tantos pacientes

Publicado: 28 Abril, 2020 - 12h55 | Última modificação: 28 Abril, 2020 - 13h10

Escrito por: Redação CUT

Edson Rimonatto/CUT
notice

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) já fez 212.083 vítimas fatais no mundo. O total de casos confirmados da doença ultrapassou a marca de 3 milhões nesta terça-feira (28), quando foram registrados mais 3.061.521 casos em todos os continentes, segundo dados da Universidade Johns Hopkin, dos Estados Unidos.

Os EUA é o país mais atingido até agora pela Covid-19, com 988.490 casos confirmados e 56.256 mortes. Em segundo lugar está a Espanha com 232.128 casos e 23.822 mortes, seguida da Itália, com 199.414 casos e 26.977 mortes.

O Brasil ocupa a décima posição no ranking da tragédia provocada pela Covid-19, com 67.446 casos e mais de 4.603 mortes. O número de casos e mortes pode ser ainda maior por causa da subnotificação. Na maioria dos estados os testes para detectar a doença só estão sendo feitos em pacientes internados e muitos foram enterrados sem que o resultado dos testes ficassem prontos.

São Paulo continua o estado com mais casos confirmados (21.696) e mortes (1.825). Do total de vítimas fatais, 1.066 eram homens e 759 mulheres, 74,7% dos mortos no estado tinha mais de 60 anos. E nas últimas 24 horas 500 pessoas foram internadas com suspeita ou confirmação da doença no estado, que tem 3.106 pessoas em Unidades de terapia Intensiva (UTI) e 4.810 em enfermarias. A capital paulista concentra 64% dos casos confirmados de Covid-19 e mortes.

O Rio de Janeiro, segundo estado mais afetado pela Covid-19, o total de casos é de mais de 8 mil e o de mortos de mais de 677. Na sequência vem o Ceará, com 6.918 casos e 403 mortes.

Apesar desse cenário, na maioria das grandes cidades, aumentou o desrespeito ao isolamento social, única forma de conter a disseminação do novo coronavírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E essa á uma das maiores preocupações dos profissionais da saúde que já sofrem com a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), equipamentos hospitalares e até espaço para acomodar tantos pacientes.

Para os médicos, a falta de testes e de equipamentos para enfrentar a Covid-19 são os principais problemas no combate à pandemia, segundo pesquisa divulgada pela Associação Paulista de Medicina, que ouviu 2.312 médicos de todo o País entre os dias 9 e 17 de abril.

Dos entrevistados, 65% trabalhavam em hospitais e prontos-socorros que recebem pacientes com Covid-19; 59% haviam atendido doentes; e 35% pertencem a algum grupo de risco, são diabéticos, hipertensos, obesos ou têm alguma doença cardiovascular.

A maioria dos médicos relatou falta de EPIs: 50% disseram que faltavam mas caras tipo N95, as mais seguras para o trabalho, 66% falta de teste e apenas 15% disseram ter recebido treinamento específico para atender as vítimas de Covid-19.

Falta de UTI no Brasil

No estado de Pernambuco, 98% dos leitos de UTI das redes pública e privada estão lotados. Só na rede pública, a ocupação é de 99% dos leitos de UTI.

No Pará, a ocupação dos leitos de UTI por pacientes com Covid-19 chega a 84% em todo o estado, seguido por Maranhão, com 96,4%; Amazonas, 96%; Ceará, 98%; Espírito Santo, 69,2%; São Paulo, 59,8%; e Rio de Janeiro que tem 92% dos leitos ocupados em todo o estado.