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Mais de 40 pessoas em greve de fome contra reforma de Temer

Grevistas estão frágeis, mas não desistem da greve de fome contra o fim da aposentadoria

Publicado: 14 Dezembro, 2017 - 13h57

Escrito por: MPA

MPA
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Nesta quinta-feira (14), a greve de fome, de luta e resistência contra a reforma da Previdência completa 10 dias e o protesto recebeu a adesão de trabalhadores e trabalhadoras do país inteiro. Já são mais de 40 grevistas em todo país.

Representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), afirmam que todos sabem o tamanho do desafio que é imposto quando decidem não se alimentar, mas diante da sanha do governo de retirar direitos sociais e trabalhistas, é preciso alertar o governo que essa é mais uma das ações que eles irão executar caso essa reforma venha a ser votada.

Para o MPA, este é um momento histórico de retirada de direitos, mas os camponeses e as camponesas não aceitam as manobras do governo golpista contra a classe trabalhado, em especial quando se trata do desmonte da Previdência.

A greve de fome significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira.

Nesta quinta-feira as ações nos Estados de SC, RS, SE, ES, RO, BA, PI, PE, GO e AL seguem com greve de fome, fia de fome, atos e vigílias de denúncia contra a reforma da Previdência nas Agências do INSS e Câmaras Legislativas, de onde “só sairemos quando colocarmos uma pá de cal em cima dessa reforma”, como relata Josi Conta, grevista há 10 dias na Câmara dos Deputados em Brasília.

Ao longo desses 10 dias os grevistas receberam milhares de mensagens de apoio e solidariedade de todos os cantos do país de artistas, lideranças políticas, pessoas que se solidarizaram com a causa. Como diz Leila Denise, grevista há 10 dias, “essa greve de fome também tem como objetivo mobilizar a sociedade e denunciar que, se aprovada, essa reforma previdenciária vai jogar milhões de brasileiros na miséria”.

Sobre o estado de saúde dos grevistas, com o passar dos dias, começam aparecer os primeiros sinais de debilidade. “Os que estão há mais dias estão mais frágeis que os demais, logo demandam de maior atenção”, explica Ronald Wolff, médico que acompanha os grevistas em Brasília.