Escrito por: Redação CUT
De acordo com pesquisa da Encuesta Mensual Económica é o maior índice de fechamento de estabelecimentos comerciais registrado em janeiro é o maior desde 1991
Mais de 7 mil estabelecimentos comerciais fecharam as portas e 28.304 mil trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos na região metropolitana de Buenos Aires, incluindo a capital, nos primeiros quatro meses de 2019, segundo relatório divulgado pela organização civil Defendamos Buenos Aires.
Baseado na pesquisa "Encuesta Mensual Económica" (EME), realizada pelo grupo em parceira com um coletivo de advogados em 38 bairros da capital argentina e 50 da região metropolitana, o relatório detalha que, dos 7.026 estabelecimentos comerciais que fecharam, 2.536 encerraram as atividades em janeiro, mês que atingiu o maior índice de fechamento de comércios desde 1991; outros 1.110 fecharam em fevereiro, seguidos por 1.420 em março e 1.970 em abril. Ainda de acordo com o relatório, 2.446 comércios fecharam apenas na cidade de Buenos Aires. Outros 4.580 estabelecimentos encerraram atividades em outras localidades da região metropolitana.
"Muita gente que tenta deixar as portas abertas não pode fazer nada diante do coquetel malicioso de tarifaços, aumento do aluguel, aumento de preços das mercadorias que se traduzem em maiores custos, aumento nos transportes e por último uma fortíssima estagnação no nível de venda e no fluxo de caixa, a partir da recessão que acontece na Argentina", disse Javier Miglino, diretor do Defendamos Buenos Aires, ao Opera Mundi.
Crise
Estudos do Instituto Nacional de Estudos e Estatísticas e Censos (Indec) relevam os resultados desastrosos da política econômica do presidente da Argentina de Mauricio Macri, entre eles o fechamento de lojas e a demissão de trabalhadores e trabalhadoras.
A inflação acumulada é de 55,8% em um ano – só o acumulado dos primeiros quatro meses de 2019 estava em 15,6% em abril -, o desemprego atingiu taxa de 9% e mais de 40% dos trabalhadores e trabalhadoras estão na informalidade. Além disso, 32% da população vive abaixo da linha da pobreza.
Com a economia no fundo do poço, Macri recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e fechou um acordo para conseguir um empréstimo de US$ 57,1 bilhões, na tentativa de conter a crise econômica.
Trabalhadores argentinos já fizeram três greves desde setembro do ano passado contra a política de arrocho implementada por Macr.i