Mais de 90 mil pessoas morreram e média de 7 dias é de 1.043 mortes por dia
Três estados do Sul – RS, SC e PR - registram crescimento no número de mortes. O CE registra queda há dez semanas consecutivas. Brasil não saiu da primeira onda e mundo já enfrenta a sombra da 2ª onda de casos
Publicado: 30 Julho, 2020 - 11h24 | Última modificação: 30 Julho, 2020 - 12h17
Escrito por: Redação CUT, com colaboração da CUT-CE
Quatro meses após registrar a primeira morte provocada pela Covid-19, o Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (29) a triste marca de 90 mil vidas perdidas pela doença. O total de mortes é de 90.134 e o de casos confirmados da doença é de mais de 2,5 milhões, 36% a mais em relação à semana anterior, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Levantamento feito pelos veículos de imprensa indica que a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 1.043 por dia.
Enquanto o Brasil, onde não há uma coordenação nacional, efetiva e eficiente, de combate à pandemia do novo coronavírus não consegue sair da primeira onda de contaminações, o mundo vive a sombra de uma 2º onda de transmissões da Covid-19.
Os Estados Unidos, primeiro colocado no ranking da tragédia – Brasil é o segundo - chegou à marca de 150 mil vidas perdidas pela Covid-19, com 4.401.599 contaminações confirmadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. E a transmissão do vírus voltou a acelerar em alguns estados norte-americanos após o relaxamento das medidas de quarentena, com Flórida e Califórnia liderando o número de novas infecções.
Na França, mais de 1.392 novos casos de coronavírus foram registrados nesta quarta-feira (29), o que representa o maior aumento diário de casos no país em mais de um mês, de acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde da França. Nesta quarta, o país teve mais 15 mortes relacionadas a Covid-19.
O terceiro país mais afetado é a Índia, com 1.531.669 casos. Índia, Brasil e EUA são responsáveis por quase metade de todos os casos registrados no mundo.
A situação nas regiões no Brasil
O avanço do novo coronavírus pelos Brasil continua acelerado, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, que passaram a registrar um crescimento da pandemia. A média móvel do número de mortes nessas regiões está entre 28% e 25%. Só nesta quarta-feira (29), o Brasil registrou 1.554 novas mortes e 70.869 casos da doença, nesta quarta (29).
Os estados de São Paulo, com 500 mil casos confirmados e 22.389 mortes; e Rio de Janeiro, com 160 mil casos e 13,2 mil mortes, epicentros da pandemia desde o início, passaram por semanas de ligeira desaceleração.
Já no Rio Grande do Sul registrou 71 mortes nesta quarta que foi o dia mais letal desde o início da pandemia. O maior número anterior foi 68, registrado na terça (28). O estado soma 1.750 mortes por coronavírus e 64,4 mil casos.
Santa Catarina tem sua média móvel de mortes 91% maior do que há 14 dias, segundo maior número do país, atrás apenas de Roraima, que tem aumento de 147%. O estado tem mil óbitos e 77 mil casos
No Paraná, 71 vidas perdidas foram registradas nesta quarta, o maior número já divulgado (número igual ao atingido em 22 de julho). O estado já tem 1.792 óbitos e 70,1 mil casos.
Ceará em queda
A média móvel de mortes por Covid-19 em Fortaleza caiu de 88, na semana do pico da transmissão do coronavírus, para quatro registros na semana passada, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza. A capital do Ceará já registra queda na média de mortes pela doença há dez semanas consecutivas.
A redução também foi observada na média diária de pacientes diagnosticados com Covid-19. Durante o pico, 113 pacientes procuravam internação em leito de enfermaria ou de Unidade de Terapia Intensiva ( UTI) todos os dias, já na semana passada a média diária caiu para 10,7 pacientes, indicando queda nas internações.
Segundo dados do IntegraSUS, sistema de transparência da Secretaria Estadual de Saúde, 65,81% dos leitos de UTIs e 43,13% dos leitos de enfermaria no Estado estão ocupados por pacientes com Covid-19. A taxa de positividade da doença no Ceará é de 30,98%, o que significa que a cada 100 testes feitos, 31 são positivos.