Escrito por: Redação CUT
Oficial da Polícia Militar respondeu também a inquérito por invadir a casa da ex-mulher. Fontes da PM dizem que ele é acusado ainda de maus-tratos contra uma criança de dois anos de idade
O major da Polícia Militar, Bruno Chagas, foi flagrado por uma câmera do elevador onde mora no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, agredindo a trabalhadora doméstica Patrícia Peixoto por, segundo ela, ter chegado atrasada ao trabalho, na semana passada. As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira (25).
Nas imagens é possível ver Bruno discutindo com Patrícia, colocando seu dedo em riste contra a trabalhadora que tenta argumentar acuada no canto do elevador, mas o major depois de algum tempo, dá um tapa no rosto da doméstica e ela reage.
De acordo com o advogado da trabalhadora, Alexandre Rangel, foram pedidas medidas protetivas em favor de Patrícia, no 42º DP, no Recreio dos Bandeirantes, onde o caso foi registrado.
A trabalhadora desabafou dizendo a TV Globo“deixei minha filha que eu tenho, de 1 ano, com pneumonia em casa. Tinha sido uma noite horrível. E deixei ela em casa pra ir trabalhar e levar um tapa no rosto de uma pessoa".
Patrícia também disse que o major desde o início, ao entrarem no elevador, já estava a agredindo com palavras, a chamando de vários tipos de nome. Ele também falou que ela podia dar parte dele, que não ia dar nada pra ele, porque ele é major da PM.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação já está com as imagens que mostram a agressão e que abriu uma investigação sobre o caso. A Polícia Civil informou que está investigando a agressão.
Outras denúncias
O major Bruno Chagas, segundo à emissora de TV, que ouviu fontes da PM, é acusado também de maus-tratos contra uma criança de dois anos de idade. O caso estaria sendo apurado pela Corregedoria da PM.
Ele respondeu ainda a outro processo na Corregedoria por ter invadido a casa da ex-mulher, a deputada federal Major Fabiana, e também xingá-la, mas o órgão considerou que o major cometeu crime de competência da Justiça comum. E que no âmbito militar, se tratou de uma transgressão de disciplina. A apuração acabou arquivada. No Tribunal de Justiça, o caso também foi arquivado.