Escrito por: Redação CUT

Mamata card: TCU revela que Bolsonaro gastou R$ 21 milhões no cartão corporativo

TCU fez uma auditoria sigilosa nos gastos de Bolsonaro e Michelle com cartão corporativo e revelou a fortuna que gastaram até agora, diz revista

Paula Villa/@ArteVilla

O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria sigilosa nos gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama Michelle Bolsonaro e constatou que a família gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos - pagos com dinheiro público - entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021. Os dados foram publicados pela Veja, que teve acesso à auditoria.

Os auditores do TCU responderam a parte dos questionamentos feitos pelos brasileiros nos últimos meses, que consiste especialmente na pergunta: por que o governo Bolsonaro determinou sigilo de 100 anos em 99% dos gastos presidenciais com cartões corporativos?

Eles vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos para responder os questionamentos e descobriram gastos milionários, por exemplo, com alimentação da família Bolsonaro e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos).

De acordo com a Veja, os auditores do TCU descobriram, entre outras coisas, que só entre 2019 e 2021, Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões, supostamente para comprar comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a da Mourão, o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês, mas não se sabe quais alimentos foram comprados.

Com combustível, Bolsonaro gastou R$ 420,5 mil.

Com viagens, Bolsonaro, que já tirou 15 mini-férias, gastou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional, em geral para participar de motociatas, passear de jet ski, assistir jogos de futebol e outras ‘agendas’ de lazer.

O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).