Escrito por: Redação CUT
No terceiro ato em menos de dois meses, antecipado por causa das denúncias de corrupção na compra de vacinas, o povo ocupou a Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro da capital fluminense
As ruas do centro do Rio de Janeiro foram ocupada na manhã deste sábado (3) para protestar contra o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), cobrar pelas mortes de mais de 522 mil brasileiros, a maioria vítima do descaso do governo federal com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus e pedir o impeachment de Bolsonaro, como bem resumiu o cartaz dessa garotinha lamentando a morte da avó, com o pai reforçando na camiseta a importãncia do Sistema Único de Saúde (SUS) para salvar vidas.
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Muitos dos cartazes levados ao ato e dos gritos de ordem ouvidos ao longo dos quase quatro quilômetros de trajeto faziam menção às denúncias sobre superfaturamento na compra de vacinas e ao crime de prevaricação que teria sido cometido por Bolsonaro ao deixar de determinar uma investigação a partir de um alerta de fraude feito em março.
Os cartazes da denúncia de propina também foram apra as redes sociais.
Tô achando q tá tendo muito pouco #3JForaBolsonaro por aqui. A hashtag tá nos TTs, mas não devia sair do primeiro lugar hoje. Colaborem, pessoas queridas! Espalhem o #3JForaBolsonaro A disputa é tb nas redes! pic.twitter.com/AfmOle8D82
— Lola Aronovich (@lolaescreva) July 3, 2021Em um dos carros de som, a cantora Teresa Cristina cantou o samba "História pra ninar gente grande", que a escola de samba Mangueira apresentou no Carnaval de 2019 e que faz uma homenagem a personagens da História do Brasil, como a vereadora Marielle Franco (Psol), executada em março de 2018. A sambista foi acompanhada pelos manifestantes na letra da música e no "Fora Bolsonaro".
"É uma pena que a geração de 1968, que já viu tanta coisa, esteja novamente passando por tudo isso de novo. E esse presidente sujo, que vem com um papinho de 'Me chama de corrupto'... Você é corrupto, sim! É muito corrupto! Fora Bolsonaro!", gritou Teresa Cristina.
Os sindicatos CUTistas marcaram presença em defesa da democracia, vacina no braço, comida no prato, pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, contra a privatização e contra a reforma Administrativa.
“A Av. Pres. Vargas era um mar de indignação. Não dá mais. Quem continua ao lado de Bolsonaro é cúmplice da matança de nosso povo. A manifestação de hoje foi imensa com o Rio de Janeiro mostrando sua força. E podem ter certeza, a pressão vai aumentar. Dia 24 voltaremos às ruas e será ainda maior”, afirma Sandro Cezar, presidente da CUT-Rio
Líder sindical e trabalhador da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Ary Girota fez uma fala no carro de som contra a reforma Administrativa do governo federal e contra a aliança do governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, com Bolsonaro para levar adiante as privatizações no país, como ocorreu com a Cedae.
"É fundamental defender a vida, a democracia. O inimigo do povo brasileiro chama-se Jair Bolsonaro e toda camarilha que o acompanha. Luiz Fux deveria se declarar impedido de decidir qualquer coisa relacionada ao Rio de Janeiro. Estava ontem de mãos dadas com Cláudio Castro. Como um ministro como esse autoriza a privatização da água, do acesso à água? Vamos à luta contra a reforma administrativa e toda sorte de opressão", reivindicou Girota.
Com informações do BdF RJ e da Assessoria da CUT-RJ.