Escrito por: Redação CUT

Média móvel de mortes aumenta e Brasil já tem 292 vidas perdidas para a Covid-19

Nos últimos 7 dias, a média móvel de morte ficou em 531, 16% a mais do que a registrada há 14 dias, apontando tendência de alta pela primeira vez desde 21 de junho

© Roque de Sá/Agência Senado

Com 839 mortes por Covid-19 registradas em 24 horas, o Brasil ultrapassou a marca de 592.357 vidas perdidas desde o início da pandemia, nesta quarta-feira (22).

Duas semanas após o feriado prolongado de 7 de Setembro, onde foram registradas aglomerações em várias capitais, inclusive nos atos antidemocráticos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), o país voltou a registrar tendência de alta na média móvel de mortes em decorrência da doença.

Segundo o consórcio de imprensa, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 531, 16% a mais do que a registrada há 14 dias, apontando para uma tendência de alta pela primeira vez desde 21 de junho.

Acre, Tocantins, Pará, Paraná, Espirito Santo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro são os nove estados que aparecem com tendência de alta de mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19.

Roraima não registrou morte em seu boletim do último dia.

Já o estado do Acre, que há quase dois meses vinha registrando de 0 a 2 mortes diárias, registrou um salto com 18 novos óbitos no mesmo dia. Segundo a secretaria estadual, tratam-se de mortes antigas que só agora passaram a constar na plataforma de notificação.

Em relação aos casos confirmados, o Brasil registra 21.282.612 casos do novo coronavírus, com 35.658 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 35.763 diagnósticos por dia.

De acordo com o consórcio de imprensa, a média móvel de casos vinha em sequência de queda por 18 dias seguidos até a semana passada, se aproximando de 15 mil diagnósticos diários, mas saltou para acima de 30 mil devido à inserção de dezenas de milhares de casos represados após um ajuste no sistema que concentra esses dados.

Ao longo de três dias na última semana, Rio e São Paulo incluíram juntos mais de 150 mil registros de casos por conta desse problema, o que resultou nesse salto na média.

Nesta quarta, Santa Catarina informou que pouco mais de 15 mil casos registrados no dia se tratam de casos antigos notificados pelos municípios desde o início da pandemia, mas que só agora passaram a ser contabilizados no sistema nacional.

Pesquisa indica queda em internados em hospitais privados de SP

Apesar do aumento da média móvel de mortes por Covid-19, pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), revela que o número de pacientes internados por Covid-19 nos hospitais da rede privada de São Paulo apresentou uma queda significativa nos últimos dez dias.

Segundo o Portal UOL, a pesquisa indica também que a maioria das unidades também registraram redução no número de hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O levantamento foi feito entre 13 e 21 de setembro em 60 hospitais particulares de São Paulo, sendo 27% na capital e 73% no interior.

No total, as unidades hospitalares têm 2.454 leitos de UTIs e 4.157 leitos clínicos.

Cerca de 98% dos hospitais pesquisados apresentaram diminuição da internação de pacientes com Covid-19. Destes, 64% apontam redução da ocupação de leitos entre 41% e 50%, enquanto 17% indicam redução de internação acima dos 71%.

Reflexo da vacinação

A redução de pacientes que precisaram ser hospitalizados em decorrência do coronavírus é um reflexo direto da aplicação das vacinas contra a doença na população brasileira.

Para o médico do SindHosp, Francisco Balestrin, “hoje temos 68% da população vacinada com a primeira dose e este é o motivo do esvaziamento dos hospitais [particulares] com pacientes de Covid", explicou o profissional de saúde, ressaltando, porém, a importância de continuar seguindo os protocolos recomendados - uso de máscara, lavagem de mãos e distanciamento social.

Conforme dados do consórcio de imprensa, mais de 80 milhões de brasileiros já estão com a vacinação completa contra a covid-19. O número refere-se a 37,53% da população nacional.

No total, a primeira dose foi aplicada em 141.453.669 brasileiros, o que representa 66,31% da população do país. Até o momento, 295.638 pessoas já receberam a dose de reforço.