Escrito por: Redação CUT
Estudo aponta que risco de uma pessoa morrer em consequência das complicaçõs causadas pela Covid-19 é 33 vezes maior entre as não-vacinadas ou com o ciclo vacinal incompleto
A média móvel de mortes pela Covid-19, provocadas pela alta transmissibilidade da variante ômicron aliada à falta de imunização, segue acima de 800 há sete dias. A maior parte das vítimas é formada por idosos, vulneráveis e pessoas que não se vacinaram contra a doença, segundo estudo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
O estudo aponta que o risco de uma pessoa morrer em consequência de complicações causadas pela Covid-19 é 33 vezes maior entre as não-vacinadas ou com o ciclo vacinal incompleto em comparação com aqueles que estão em dia com a imunização.
A análise foi feita com dados consolidados até o dia 7 de fevereiro, e mostra ainda que dos 93 óbitos entre pessoas com 60 anos ou mais, 79 (85%) correspondem a não-vacinados e apenas 14 (15%) tinham ciclo de vacinação completa.
Os cálculos mostram que a taxa de mortalidade entre vacinados é de 4,9 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto a taxa de mortalidade entre os não-vacinados chega a 164,20 óbitos para cada 100 mil habitantes.
O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) reconhecem o aumento de casos de Covid-19 é a maior entre as pessoas que não foram vacinados. A ômicron tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensitva (UTI) desde o início deste ano em praticamente todo o país.
Vacinação no Brasil
A taxa de pessoas vacinadas com as duas doses ou com a dose única da Janssen passou para 71,24%. Já com uma dose chegou nesta segunda-feira (14) a 78,87% da população total.
Já o total de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 é 5,86 milhões (28,61%) em todo o país.
Mortes por Covid-19 no país
Nas últimas 24 horas encerradas nesta segunda-feira (15), o Brasil registrou 464 mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19, totalizando 638.913 óbitos desde o início da pandemia, em março de 2020. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias foi para 885, uma alta de 46% em relação há 7 dias atrás.
Média alta de mortes em SP
Em São Paulo, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram a imunização. O restante é de pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela doença.
De acordo com o consórcio de imprensa, o estado de São Paulo registrou 28 mortes pelo coronavírus nesta segunda-feira. Outros quatro estados superaram o número registrado por São Paulo: Minas Gerais (46), Bahia (45), Paraná (33) e Rondônia (72). O Estado de Roraima, por outro lado, não registrou mortes pela covid-19 nesta segunda-feira.