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Mesmo sem dados do AP, SP, RJ e MG, Brasil tem 162.638 vidas perdidas pela Covid-19

Há alguns dias o país vem tendo problemas com a divulgação de dados, mesmo assim, nas últimas 24 horas, o país registrou 264 mortes e 15.211 casos de Covid-19

Publicado: 10 Novembro, 2020 - 11h26

Escrito por: Redação CUT

Rovena Rosa/Agência Brasil
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Mesmo sem os dados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o Brasil registrou 264 mortes e 15.211 novos casos de Covid-19 em 24 horas, de acordo com balanço divulgado às 20h desta segunda-feira (9) pelo consórcio de imprensa. Com isso, o país soma 162.638 óbitos e 5.675.766 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

O Amapá também não teve novas atualizações dos dados devido ao apagão  que atinge o estado há mais de 7 dias. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação ocorre por problemas no sistema da pasta. No entanto, já há alguns dias o país vem tendo problemas com a divulgação de dados. Uma das razões pode ser o ataque de hacker que, segundo o Ministério, afetou o Departamento de Informática do SUS, bloqueando o acesso à internet, bem como às redes e aos sistemas de telefone.

Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais relataram problemas para a inserção de informações na plataforma e-SUS. A falta de informação do Ministério da Saúde afeta diretamente a média móvel que faz uma média entre o número de mortes da última semana. Ela é comparada com média dos 14 dias anteriores para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda.

Desde sexta-feira (6), a mensagem que aparece na tela quando a as equipes da saúde tentam acessar o sistema é: "o sistema de autenticação não está disponível agora. Tente mais tarde."

Na última sexta (6), cinco não divulgaram os números: Amapá, que enfrenta um apagão de energia desde terça (3); São Paulo; Amazonas, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

No sábado (7), São Paulo não conseguiu enviar os dados. Já no domingo (8), São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais não conseguiram mandar todos os dados. Tudo isso acontece no momento em que os hospitais privados de São Paulo voltaram a registrar aumento no número de internações por Covid-19.

No Hospital Sírio-Libanês, que teve picos de 120 internações em abril, caiu nos meses seguintes e, agora, subiu para 120 novamente. Do total de doentes, 50 estão em UTI. O HCor o número também voltou a subir, para em torno de 30 pacientes.

Média móvel

Nos dados do consórcio de imprensa desta segunda-feira (9), a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 338. A variação foi de -24% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de queda nas mortes por Covid-19.

A média móvel de novos casos nos últimos 7 dias foi de 17.484 por dia, uma variação de -26% em relação aos casos registrados em duas semanas. Ou seja, também indica queda em relação aos últimos 14 dias.

Situação dos estados

São quatro os estados com alta na média móvel de mortes: Paraná, Santa Catarina, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Lembrando que, em alguns estados, como no Rio Grande do Norte, o número de mortes é baixo e qualquer aumento pode levar a grandes variações.

Em nove estados, a média móvel de mortes não teve grande variação. Eles estão em estabilidade: Acre, Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Paraíba, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Em queda na média de mortes, temos o Distrito Federal e nove estados: Amazonas, Roraima, Tocantins, Ceará, Alagoas, Sergipe, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Anvisa suspende vacina Coronavac

O anúncio da suspensão de testes da vacina Coronavac pegou o Instituto Butantan de surpresa. Nesta terça-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interrupção do estudo clínico da vacina Coronavac, após o registro de um "evento adverso grave".

Em resposta, o Instituto Butantan afirmou que foi "surpreendido" e o governo de São Paulo disse que "lamenta ter sido informado pela imprensa e não diretamente pela Anvisa".

O presidente Jair Bolsonaro comemorou a decisão da Anvisa e citou sua rixa com o tucano e ex-aliado João Doria (PSDB) por causa da vacina e escreveu no Facebook que "ganhou mais uma".

A Coronavac é a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.