Escrito por: Jornal do Comércio/PE

Mestre Salustiano, uma das figuras mais conhecidas da cultura pernambucana, morre aos 62 anos.

 

 


 

O corpo do rabequeiro Manoel Salustiano Soares, ou Mestre Salu, é velado na manhã desta segunda-feira (1º) na Casa da Rabeca, em Cidade Tabajara, Olinda. O artista faleceu por volta das 7h desse domingo, aos 62 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

Ao lado do corpo do artista, estão rabecas e o chapéu preto que sempre usava. O cortejo fúnebre deixa a Casa da Rabeca às 14h em direção ao Cemitério Morada da Paz, em Paulista, onde o artista será enterrado, às 15h. Salu deixou mulher e 15 filhos.

Mestre Salustiano faleceu no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). Ele fora internado há sete dias por causa de uma arritmia cardíaca, além de sofrer do mal de Chagas. Salu utilizava marcapasso há 18 anos. A primeira internação dele foi há cerca de 25 dias. Entre idas e vindas, ele voltou a passar mal na última segunda-feira.
Salu era uma das figuras mais conhecidas da cultura pernambucana - principalmente os folguedos populares, como maracatu, cavalo-marinho e caboclinho -, tendo sido mentor de algumas bandas que fizeram sucesso em Pernambuco em meados dos anos 1990, como Mestre Ambrósio e Cascabulho. Somente aos 54 anos de idade e 45 de carreira ele conseguiu lançar o primeiro CD: Sonho de Rabeca, com 14 faixas.