Metalúrgicos da Volks vão trabalhar em seção na fábrica para reparar respiradores
Funcionários da fábrica do ABC receberam capacitação do Senai, em projeto com a empresa. Objetivo é consertar dezenas de equipamentos já parados e que serão usados no tratamento da covid-19
Publicado: 28 Abril, 2020 - 13h12 | Última modificação: 28 Abril, 2020 - 13h22
Escrito por: Redação RBA
Os metalúrgicos também entraram no combate ao novo coronavírus. Em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a fábrica da Volkswagen firmou parceria com o Senai e montou uma linha de produção para consertar dezenas de respiradores.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 65 mil respiradores na rede pública e privada, mas muitos desses aparelhos estão parados por falta de manutenção. Com a constatação deste problema, o Senai capacitou trabalhadores de algumas fábricas para realizar os reparos.
“São 3.600 inativos no país, porque pararam de funcionar e foram deixados de lado. Aqui na Volks, montamos um espaço de manutenção, fizemos uma capacitação específica com o Senai, e trabalhamos com os voluntários da empresa”, explicou Edvaldo Picolo, gerente de sustentabilidade da Volks.
Até o momento, a fábrica recebeu 23 equipamentos da cidade de São Caetano, mas outras dezenas de ventiladores pulmonares devem chegar de mais cidades, inclusive do estado do Paraná. Cada equipamento consertado pode atender cerca de 10 pessoas.
Proteção ao trabalhador
A fábrica da Volks e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizaram uma ação interna para garantir a segurança dos trabalhadores. “Desde que identificamos esse momento, tivemos uma série de medidas, como férias coletivas e a redução de jornada, conforme a nossa última negociação. Tudo isso para que os nossos trabalhadores, quando voltarem à fábrica, tenham segurança”, relatou Anderson Araújo, executivo de Relações Trabalhistas da fábrica.
O coordenador da representação dos trabalhadores, Wagner Lima, acrescenta que os metalúrgicos receberão equipamentos de proteção individual (EPIs). “Quando ele descer do ônibus, já vai ser medida sua temperatura, vai ter álcool em gel para higienização. Na linha de montagem vai ter um distanciamento para que não trabalhem próximos um do outro. O uso da máscara, que é essencial, também será fornecido.”
Assista à reportagem de Dayne Ponte, do Seu Jornal, da TVT: