Metalúrgicos discutem situação da Ford com prefeitura de São Bernardo
Trabalhadores continuam buscando saídas para evitar o fechamento da fábrica. Eles realizam plenária nesta quinta-feira (28)
Publicado: 28 Fevereiro, 2019 - 09h30 | Última modificação: 28 Fevereiro, 2019 - 10h10
Escrito por: Redação RBA
Em busca de soluções para o caso da Ford, que anunciou o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo, representantes dos metalúrgicos do ABC se reuniram hoje (27) com o prefeito Orlando Morando (PSDB), que falou em "sinergia conjunta" para preservar os empregos. "Não estamos discutindo a venda da Ford", afirmou. Os trabalhadores, que fizeram passeata interna pela fábrica, fazem plenária nesta quinta-feira (28) a partir das 9h, na sede do sindicato.
"Além dos mais de 4 mil empregos que estão dentro da unidade, que é a nossa prioridade, a saída de uma empresa desse porte traz muitas consequências negativas para a cidade e região", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão. "Ele (Morando) se comprometeu a intermediar nosso pedido de audiência com o governo do estado, que precisaria acontecer antes do dia 5 de março, quando viajamos para Detroit para nossa conversa com a direção mundial da Ford." Sindicalistas têm reunião marcada para o dia 7, para tentar convencer a empresa a manter a fábrica de São Bernardo.
Além de Wagnão, participaram da reunião na prefeitura o diretor do sindicato Alexandre Colombo, o coordenador do comitê sindical, José Quixabeira de Anchieta, o deputado estadual Teonílio Barba (PT) e o ex-presidente do sindicato e atual presidente do do Instituto TID Brasil, Rafael Marques, ex-funcionários da Ford. Na semana passada, Barba solicitou que os metalúrgicos participassem de reunião entre o governador João Doria (PSDB) e a direção da empresa no Brasil, mas os trabalhadores não foram recebidos.
"Só teremos êxito se unirmos os diversos atores sociais e políticos nessa discussão. É necessário envolver a sociedade, como fizemos ontem com nossa manifestação pelas ruas da cidade, o sindicato, o governo do estado, a Assembleia Legislativa, a Câmara Municipal e a prefeitura", acrescentou Wagnão. "São empregos que só podem ser viabilizados por meio da produção de veículos, seja caminhões ou automóveis. Não temos problemas com qualquer parceria que permita à Ford continuar produzindo. Mas que se garanta o emprego dos trabalhadores naquelas condições. A vocação da nossa região é produzir veículos."