Metalúrgicos do ABC chamam para luta nesta quarta, 14
A mobilização faz parte do calendário conjunto do movimento Brasil Metalúrgico
Publicado: 12 Setembro, 2017 - 09h57 | Última modificação: 14 Setembro, 2017 - 03h05
Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Os Metalúrgicos do ABC realizaram mobilizações na base para preparar o Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves contra a redução de direitos, que acontece hoje, quarta-feira (14). Aconteceram assembleias na Volks e na Fibam, em São Bernardo, na Papaiz, em Diadema, e panfletagem do jornal “Brasil Metalúrgico” na Dura Automotive, em Rio Grande da Serra.
Terça de manhã (5), os companheiros no primeiro turno e os mensalistas na Volks participaram de duas assembleias. O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, alertou os trabalhadores sobre os ataques aos direitos conquistados e as ameaças à soberania nacional, com as recentes decisões do governo federal.
“Temos que fazer a luta hoje para garantir os direitos das futuras gerações. Estão retirando conquistas dos brasileiros com a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, que congela investimentos públicos por 20 anos, a reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização”, explicou. “Além disso, querem que a classe trabalhadora trabalhe até morrer com a reforma da Previdência”, prosseguiu.
“Por isso, os metalúrgicos do Brasil estão unidos em um movimento de mobilização das bases para convocar o ato no dia de hoje contra os retrocessos que querem nos impor”, afirmou.
Na sexta-feira, dia 1º, em assembleia na Papaiz, o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, ressaltou a importância de lutar pela Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT, na Campanha Salarial.
“Às vezes, os direitos na CCT estão tão no dia a dia na fábrica que os companheiros não se dão conta de que são garantidos pela Convenção, que reúne uma série de direitos que poderão ser alterados com a reforma Trabalhista”, disse.
“Os ataques no Brasil estão por todo lado. Estão desmontando a política industrial e querem jogar o País para trás, para um tempo em que éramos apenas agricultores e fornecedores de matéria prima”, alertou. “Temos que estar mobilizados e explicar para a sociedade o que está em jogo com as reformas”, concluiu.
A mobilização faz parte do calendário conjunto do movimento “Brasil Metalúrgico” contra as reformas Trabalhista e da Previdência e a Lei da Terceirização irrestrita. Também integram a pauta conjunta, a unidade de ação nas campanhas salariais e a luta por um acordo coletivo nacional que garanta piso salarial e direitos mínimos.
Participam representantes de confederações, federações e sindicatos do setor ligados às centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersindical, CTB, CSB e UGT.