Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Metalúrgicos do ABC chamam para luta nesta quarta, 14

A mobilização faz parte do calendário conjunto do movimento Brasil Metalúrgico

Adonis Guerra/ SMABC

Os Metalúrgicos do ABC realizaram mobiliza­ções na base para preparar o Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves contra a redução de direi­tos, que acontece hoje, quarta-feira (14). Aconteceram assembleias na Volks e na Fibam, em São Ber­nardo, na Papaiz, em Diadema, e panfletagem do jornal “Brasil Metalúrgico” na Dura Automoti­ve, em Rio Grande da Serra.

Terça de manhã (5), os companhei­ros no primeiro turno e os men­salistas na Volks participaram de duas assembleias. O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, alertou os trabalhado­res sobre os ataques aos direitos conquistados e as ameaças à so­berania nacional, com as recentes decisões do governo federal.

“Temos que fazer a luta hoje para garantir os direitos das fu­turas gerações. Estão retirando conquistas dos brasileiros com a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, que congela inves­timentos públicos por 20 anos, a reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização”, explicou. “Além disso, querem que a classe tra­balhadora trabalhe até morrer com a reforma da Previdência”, prosseguiu.

“Por isso, os metalúrgicos do Brasil estão unidos em um movimento de mobilização das bases para convocar o ato no dia de hoje contra os retrocessos que querem nos impor”, afirmou.

Na sexta-feira, dia 1º, em assembleia na Papaiz, o secretá­rio-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, ressaltou a importância de lutar pela Con­venção Coletiva de Trabalho, a CCT, na Campanha Salarial.

“Às vezes, os direitos na CCT estão tão no dia a dia na fábrica que os companheiros não se dão conta de que são garantidos pela Convenção, que reúne uma série de direitos que poderão ser alte­rados com a reforma Trabalhista”, disse.

“Os ataques no Brasil estão por todo lado. Estão desmontando a política industrial e querem jogar o País para trás, para um tempo em que éramos apenas agricultores e fornecedores de matéria prima”, alertou. “Temos que estar mobilizados e explicar para a sociedade o que está em jogo com as reformas”, concluiu.

A mobilização faz parte do ca­lendário conjunto do movimento “Brasil Metalúrgico” contra as reformas Trabalhista e da Pre­vidência e a Lei da Terceirização irrestrita. Também integram a pauta conjunta, a unidade de ação nas campanhas salariais e a luta por um acordo coletivo nacional que garanta piso salarial e direitos mínimos.

Participam representantes de confederações, federações e sindicatos do setor ligados às centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersin­dical, CTB, CSB e UGT.