Metalúrgicos do ABC fecham primeiro acordo do PPE
Trabalhadores aprovam por unanimidade a adesão ao programa
Publicado: 05 Agosto, 2015 - 16h41
Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Os trabalhadores na Rassini Automotive, empresa de autopeças sediada em São Bernardo, aprovaram por unanimidade na manhã de hoje, dia 5, a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A empresa é a primeira da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e também da região, a aderir ao programa. O acordo coletivo prevê a redução de 15% da jornada de trabalho com igual redução dos salários para todos os 550 trabalhadores da fábrica, e a complementação pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de metade dessa redução salarial (7,5%), conforme determina o programa.
O acordo de adesão ao PPE na Rassini terá duração de quatro meses, o que dará ao trabalhador a garantia de emprego até 31 de janeiro de 2015. Se necessário, o programa poderá ser prorrogado por até oito meses.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, lembra que todas as negociações levarão em conta a realidade de cada empresa e o nível de queda registrado na produção, mas destaca a importância da primeira adesão: “Este acordo celebrado com a Rassini será referência para a base inteira. E a aprovação unanime demonstrou o reconhecimento do espírito do Programa, que valoriza o vínculo do trabalhador ao seu emprego”, reforça. Segundo Rafael, é muito mais “eficiente, inteligente e correto” ter a participação do Estado brasileiro na preservação do emprego. “O maior valor que um País tem são seus trabalhadores”, destaca.
O dirigente reforça que, com a alternativa oferecida pelo Programa de Proteção ao Emprego, é inaceitável a dispensa de trabalhadores: “Não vamos admitir demissões na categoria. Vamos exigir dos empresários que usem o Programa até o limite. Se tiver demissão, vai ter greve”.
Durante a assembleia, Rafael Marques lembrou aos trabalhadores que, apesar da vitória com o PPE, ainda existem muitos desafios pela frente, nesse cenário de crise econômica e política. “Temos de continuar lutando contra o projeto de terceirização que está no Congresso, além de exigir do governo medidas pela retomada da economia”, alertou.