Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC)
Sindicato quer que a montadora deixe um legado da montadora na área da saúde no município, após o anúncio de encerramento das atividades fabris da empresa que ocorrerão em novembro deste ano
Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC acompanhados da direção da Toyota visitaram as instalações hospitalares da Santa Casa de São Bernardo do Campo (SP), nessa terça-feira (30). O objetivo é para que a montadora, a pedido do sindicato, deixe um legado na área da saúde no município, após o anúncio de encerramento das atividades fabris da empresa que ocorrerão em novembro deste ano. A medida está sendo avaliada e passando por aprovação para ser realizada na unidade médica.
“No processo de negociação com a Toyota, além de discutir as questões ligadas diretamente aos trabalhadores, achamos importante a Toyota deixar um legado em São Bernardo. Este legado que a empresa deixará a nosso pedido, será a ampliação do atendimento na Santa Casa. Por isso, estivemos na entidade para conhecer o projeto que no futuro breve detalharemos não só para nossa categoria, mas para toda a sociedade”, contou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.
O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, também destacou a importância dessa contrapartida para a cidade e toda a região do ABC.
“Nós lamentamos a saída da montadora da região, apesar de todos os esforços feitos pelo Sindicato para que ela permanecesse. Ainda assim, já que a decisão está tomada, e já cumprimos as negociações perante os trabalhadores, é importante que fique algo para a cidade e para a região, uma vez que a Toyota por muito tempo esteve aqui e se beneficiou do ABC”, afirmou.
“Fazer um gesto na área médica e em áreas que nossa região é carente é essencial e faz parte do papel do sindicato reivindicar esse tipo de contrapartida”, concluiu.
A saída da Toyota do ABC
A montadora anunciou a sua saída da região do ABC em 5 de abril do ano passado. O acordo, aprovado em assembleia dos metalúrgicos em junho do mesmo ano, previa condições de transferência para os 550 trabalhadores da unidade, que optassem pela mudança de planta e a abertura de um PDV, com assistência médica e cursos profissionalizantes.
Também foi negociado um bônus de transferência e estabilidade até novembro de 2026, bem como um reajuste pelo INPC mais aumento real nos dois anos, além da renovação de todas as cláusulas sociais, nas data-base de 2022 e deste ano
Outro item negociado foi o bônus de permanência, que vai até novembro de 2023, prazo da empresa para encerramento das atividades em São Bernardo.